No campo negativo pelo sexto pregão consecutivo, o Ibovespa registrou queda de 0,32% nesta quarta-feira, aos 121.407,33 pontos. O principal índice da B3 novamente foi pressionado pelas ações de Vale ON, que recuaram 1,37%, acumulando três dias seguidos no campo vermelho, em linha com o desempenho negativo do minério de ferro nas últimas sessões. Há uma percepção de investidores de pouco apelo dos mercados acionários emergentes, o que explica o movimento contrário da Bolsa brasileira aos pares do exterior, especialmente as bolsas de Nova York.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices S&P 500 e Nasdaq renovando recordes históricos de fechamento, apoiados pela valorização de 5,16% das ações de Nvidia, que bateu a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado. Além disso, uma nova bateria de dados mais fracos do mercado de trabalho americano também contribuíram para um sentimento de maior apetite a risco. O relatório ADP mostrou que as contratações do setor privado dos EUA desaceleraram para 152 mil empregos no mês passado, muito abaixo das expectativas de 175 mil novos postos de trabalho. O número contribuiu ainda mais para a leitura que o Fed possa iniciar o ciclo de corte de juros na reunião de setembro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,23%, cotado a R$ 5,2977, no maior nível de fechamento desde 5 de janeiro de 2023, quando alcançou R$ 5,3523. Logo no início do pregão, a moeda americana até operou no campo negativo, mas mudou de sinal e ganhou força ante a maioria das divisas emergentes, com exceção do peso mexicano. Vale lembrar que as moedas emergentes foram penalizadas nos últimos dias diante de resultados de eleições presidenciais no México, na Índia e na África do Sul. Somado a isso, o real ainda é penalizado por conta do desconforto fiscal, com o governo e o Congresso brasileiro com dificuldades em emplacar pautas de arrecadação.
Deixe um comentário