Um dia depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionar o novo pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, o rendimento dos Treasuries voltou a acelerar, trazendo pressão para os mercados acionários e dando impulso ao dólar. Diante desse cenário, o Ibovespa também foi contaminado por uma maior cautela no exterior e recuou 0,72%, aos 114.160,40 pontos. Na semana, o índice perdeu 0,90%
Em Wall Street, as bolsas americanas até conseguiram fecharam majoritariamente no campo positivo, principalmente depois que os títulos públicos americanos de longo prazo perderam força no final da sessão, dando maior impulso para o mercado acionário, com exceção da Nasdaq.
Entre os destaques da B3, o setor de shoppings, puxado pelo balanço trimestral da BRMalls, avançou em bloco. A própria BRMalls ON subiu 2,21%, acompanhada por Multiplan ON (+3,94%) e Iguatemi ON (+1,61%).
Os papéis de Embraer ON aceleraram 4,80%, com o mercado reagindo à entrega da primeira conversão de um Legacy 450 em um jato Praetor 500 para a empresa canadense AirSprint Private Aviation.
Pelo lado negativo, as empresas do setor de varejo foram afetadas pelos dados das vendas de varejo, que recuaram 0,2% em janeiro ante dezembro. As ações de B2W ON tombaram 5,21%, as de Via Varejo ON caíram 4,22%, as de Lojas Americanas PN registraram baixa de 3,56% e as de Magazine Luiza ON perderam 0,93%.
Já a expectativa de aumento da taxa de juros na próxima semana e um movimento de realização de lucros empurrou para baixo os bancos e empresas ligadas ao setor financeiro. Os papéis de B3 ON recuaram 2,40%, assim como Bradesco PN (-0,68%), Santander Unit (-1,36%), Itaú Unibanco PN (-0,66%).
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,30%, cotado a R$ 5,5597, mesmo com novas intervenções do Banco Central. Prevaleceu a força da moeda americana no exterior.
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