Em queda pelo terceiro dia consecutivo, o Ibovespa registrou baixa de 1,11%, aos 120.700,88 pontos, pressionado por resultados corporativos e reagindo negativamente à notícia de adiamento da votação da reforma do Imposto de Renda para a próxima terça-feira (17).
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com novo recorde histórico de fechamento para Dow Jones e S&P 500. Por lá, analistas apontaram para um giro entre setores, com destaque positivo para os segmentos de saúde e de tecnologia, e negativo para as empresas de energia e indústrias. Entre os dados econômicos, os pedidos semanais de seguro-desemprego somaram 375 mil solicitações, em linha com a expectativa do mercado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou leve alta de 0,67%, cotado a R$ 5,2564, também refletindo os maiores riscos domésticos. Outro ponto que pode ter influenciado foi a confirmação de que o Banco Central do México elevou a taxa de juros do país para 4,50% ao ano. No entanto, o que chamou a atenção foi que a decisão do colegiado não foi unânime, o que pode ser interpretado como uma sinalização menos inclinada à retirada de estímulos, segundo a Capital Economics.
Destaques da Bolsa
As ações do setor de saúde foram o grande destaque do dia na B3, com valorizações expressivas de NotreDame Intermédica ON (+6,91%), Hapvida ON (+6,38%) e Fleury ON (+4,01), com analistas destacando o avanço da vacinação e, por consequência, a queda do número de internações por covid-19, o que pode ter um impacto positivo nos índices de sinistralidade do segmento para o terceiro e quarto trimestre.
Os papéis de Petrobras ON e PN subiram 0,55% e 1,50%, respectivamente, mesmo com a queda do petróleo no exterior, ainda refletindo o balanço positivo divulgado na semana passada e com investidores de olho nos dividendos “gordos” da companhia.
Pelo lado negativo, as ações de Ultrapar ON afundaram 12,33%, enquanto os papéis de B3 ON tombaram 7,71%. Ambas foram influenciadas pelos seus balanços do segundo trimestre. No caso da B3, apesar do bom resultado trimestral, com lucro líquido recorrente de R$ 1,231 bilhão, pesou a revisão de classificação de risco de “remota” para “possível” sobre uma contingência de R$ 31,2 bilhões. Já a Ultrapar foi penalizada por um balanço considerado negativo. O BTG, por exemplo, reportou que o Ebitda recorrente da companhia ficou 20% abaixo das expectativas devido aos resultados de distribuição de combustível considerados muito fracos.
As ações de Minerva ON se desvalorizaram 11,27%, praticamente devolvendo a valorização de 14,65% vista ontem, com a empresa desmentindo que pretende fechar o capital.

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