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Fechamento B.Side: Ibovespa recua aos 114 mil pontos pressionado por forte aversão a risco nas bolsas globais; dólar sobe a R$ 5,07

Em um dia de pressão para os mercados acionários globais, após forças russas tomarem o controle da maior usina nuclear da Europa, o Ibovespa registrou queda de 0,60%, aos 114.473,78 pontos. Na semana, encurtada pelo feriado de Carnaval, o índice teve valorização de 1,17%. Por aqui, a economia brasileira encerrou 2021 num ritmo mais forte do que se esperava, com o PIB brasileiro crescendo 4,6% no ano passado. No quarto trimestre de 2021, a alta foi de 0,5% em relação aos três meses anteriores, com ajustes sazonais.

O índice europeu Stoxx 600 caiu 7%, em seu pior desempenho semanal desde março de 2020, quando explodiu a pandemia de covid-19. Em Wall Street, as bolsas americanas também recuaram em bloco, ainda pressionadas pelo conflito geopolítico na Europa, no entanto os dados de emprego (payroll) dos Estados Unidos ajudaram a amenizar as perdas. O país criou 678 mil vagas de trabalho em fevereiro, superando a expectativa de geração de 440 mil postos de trabalho, segundo o The Wall Street Journal.

Já o petróleo seguiu em trajetória de forte alta, com o barril dos tipos Brent e WTI disparando cerca de 7%, diante de temores que a oferta global da commodity seja diminuída com os conflitos entre Rússia e Ucrânia. Com a valorização, o petróleo acumula valorização superior a 20% na semana.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,00%, cotado a R$ 5,0783, com investidores buscando mais segurança antes do fim de semana. Na semana (em três sessões), a moeda americana recuou 1,50% em relação ao real, diante de nova entrada de fluxo estrangeiro no Brasil.

Destaques da Bolsa

Entre os principais destaques do dia na B3, as units de Taesa aceleraram 3,98%, sem nenhuma notícia específica para a empresa. A característica defensiva da transmissora de energia e a distribuição de dividendos volumosos são apontados como fatores de escolha dos investidores pelo papel.

Já as ações de Suzano ON dispararam 6,70%, enquanto as units de Klabin subiram 4,83%, se recuperando do tombo na véspera e beneficiadas pelo movimento de alta do dólar.

Pelo lado negativo, as companhias aéreas e empresas ligadas ao turismo caíram em bloco, pressionadas pela alta do petróleo, do câmbio e dos conflitos geopolíticos. Gol PN derreteu 7,64%, Azul PN se desvalorizou 7,77% e CVC ON recuou 6,67%.

Os frigoríficos voltaram a ser impactados negativamente, por conta do aumento do preço do milho e da soja, além da inflação global que diminui o consumo de carnes. Nesse cenário, BRF ON tombou 3,68%, Marfrig ON caiu 4,90% e JBS ON perdeu 0,31%. Na contramão do setor, Minerva ON subiu 0,83%.

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