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Fechamento B.Side: na contramão do exterior, Ibovespa tem novo dia de ganhos impulsionado por commodities; dólar cai a R$ 4,84 no menor patamar em 2 anos

Na contramão dos mercados acionários globais, o Ibovespa registrou leve alta de 0,16%, aos 117.457,34 pontos, novamente beneficiado pelo fluxo estrangeiro de entrada na B3 à procura de ativos relacionados a commodities. O bom desempenho das companhias ligadas ao petróleo foi um dos motivos para o índice resistir no campo positivo, apesar da cautela no exterior.

Em Wall Street, as bolsas americanas caíram em bloco, com temores renovados em relação à inflação por conta da disparada do preço do petróleo. Hoje, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu mais pressão de outros países sobre a Rússia. Na renda fixa, o rendimentos dos Treasuries, títulos públicos americanos, de 10 anos ultrapassaram a marca de 2,41%, maior nível desde maio de 2019.

No mercado de câmbio, o dólar à vista recuou 1,44%, cotado a R$ 4,8442, em sua sexta sessão consecutiva de baixa. Trata-se do menor patamar de fechamento desde 13 de março de 2020, quando a moeda americana fechou no nível de R$ 5,8127. Investidores estrangeiros seguem olhando os emergentes como atraentes para investimentos, especialmente o Brasil por conta de sua exposição ao mercado de commodities.

Destaques da Bolsa

Entre os principais destaques do dia na B3, papéis ligados à economia doméstica tiveram mais uma sessão de fortes ganhos, diante de um arrefecimento da curva de juros. Grupo Soma ON disparou 7,15%, Lojas Renner PN acelerou 5,57%, CVC ON avançou 4,52%, MRV ON teve acréscimo de 3,41% e Magazine Luiza ON se valorizou 3,27%.

As ações de Petrobras ON e PN subiram 0,97% e 1,36%, respectivamente, impulsionadas por valorização superior a 5% do petróleo no mercado internacional. Outros nomes do setor também registraram ganhos, casos de 3R ON (+2,95%) e PetroRio ON (+2,94%).

Pelo lado negativo, as ações de Copel PNB tombaram 3,44%, após a companhia lucrar R$ 396,2 milhões no quarto trimestre de 2021, uma queda de 64% em relação ao mesmo período do ano anterior, além de um Ebitda de R$ 943 milhões, o que representa um recuo de 32% em base anual. O resultado refletiu o déficit hídrico das geradoras da Copel e o aumento de custos com compra de energia.

O pregão também foi de perdas para os frigoríficos, com BRF ON liderando as baixas, com desvalorização de 3,83%, em um movimento de correção. Nas últimas sete sessões (contando com hoje), a companhia registrou alta em cinco delas. Ainda no setor, Minerva ON recuou 3,27%, JBS ON perdeu 1,60% e Marfrig ON caiu 1,05%.

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