Em um clima de aversão a risco global, o Ibovespa registrou forte desvalorização de 2,86%, aos 111.077,51 pontos, pressionado, principalmente, por empresas relacionadas a commodities como Vale e Petrobras. Esta foi a quinta sessão consecutiva de queda do índice, representando o pior recuo semanal desde outubro.
Em Wall Street, as bolsas americanas também recuaram em bloco, dando sequência ao pessimismo visto ontem nos mercados depois de o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar que a instituição deve mesmo acelerar seu ritmo de alta de juros e promover uma alta de 0,50 ponto percentual na reunião de política monetária de maio.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 4,00%, cotado a R$ 4,8051, com investidores de olho no diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. Por aqui, o Banco Central sinaliza que o ciclo de alta de juros está chegando ao fim, enquanto o Fed se mostra mais preocupado com a trajetória inflacionária, dando indicações que atuará de maneira mais dura.
Destaques da Bolsa
Em um dia de queda praticamente generalizada, apenas três ações subiram na sessão: Copel PNB (+1,63%), RaiaDrogasil ON (+0,22%) e Ambev ON (+0,14%).
Pelo lado negativo, as empresas relacionadas a commodities foram as principais detratoras do índice, refletindo a falta de confiança do mercado com o crescimento econômico da China e temores de uma desaceleração mais acentuada na economia dos EUA. Vale ON derreteu 5,80%, CSN ON tombou 7,68%, Gerdau PN perdeu 2,69% e Usiminas PNA cedeu 2,69%.
Os papéis relacionados ao petróleo também tiveram fortes perdas, acompanhando a desaceleração de 2% da commodity no mercado internacional. As ações de Petrobras ON e PN registraram queda de 4,98% e 3,90%, respectivamente, de PetroRio ON recuaram 4,75% e 3R ON caíram 0,75%.
Por fim, nomes do segmento doméstico seguiram em trajetória de baixa. Locaweb ON teve decréscimo de 6,39%, Cogna ON perdeu 5,26%, as units de Iguatemi cederam 5,38% e Grupo Soma ON recuou 5,07%.

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