Pressionado pela mensagem transmitida por autoridades do Banco Central, que se mostraram preocupados com a trajetória inflacionária, o Ibovespa registrou queda de 2,17%, aos 109.763,77 pontos. Ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição “não pensar em corte de juros no momento” e deixou aberta a possibilidade de um aumento adicional na taxa de juros em setembro, fato que impulsionou a curva de juros futuros. O índice também foi penalizado por uma sessão negativa para as commodities, afetando nomes importantes como Petrobras e Vale.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, na volta do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Novamente, investidores adotaram cautela avaliando que números robustos da economia americana podem levar o Federal Reserve a adotar uma postura agressiva no combate à inflação. Hoje, os dados de agosto do ISM alcançaram o patamar de 56,9 pontos, acima das expectativas do mercado de 55,5 pontos. Somado a isso, a divulgação de empregos, na última sexta-feira, acima do esperado, também refletiram uma visão de atividade econômica sólida.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 1,63%, cotado a R$ 5,2381, em linha com o fortalecimento da moeda americana em âmbito global por conta de um cenário de maior aversão a risco no exterior. Além disso, a queda das commodities também influenciou num fluxo menor para países como o Brasil.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, apenas 10 papéis do Ibovespa terminaram no azul, com a maior alta do dia sendo da Tim ON (+2,19%). Em seu segundo pregão no principal índice da Bolsa, São Martinho ON subiu 1,97%, com investidores animados com o aumento de liquidez da companhia.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN caíram 3,52% e 3,69%, respectivamente, acompanhando a trajetória de baixa do petróleo no mercado internacional. O desempenho da commodity reflete a decisão da Opep+ de cortar a produção em 100 mil barris por dia (bpd), além de também ser pressionada pela valorização do dólar.
Com o movimento de alta dos juros futuros, papéis mais ligados à economia doméstica voltaram a sofrer. MRV ON tombou 8,51%, Via ON perdeu 7,67% e Magazine Luiza ON se desvalorizou 7,41%.
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