Pressionado por um mau humor externo, mas beneficiado pela alta de nomes relevantes no índice como Petrobras e Vale, o Ibovespa fechou praticamente estável, em leve baixa de 0,18%, aos 108.782,15 pontos. Se lá fora as notícias de protestos vindas da China e comentários de dirigentes do Fed fizeram os agentes adotarem posições mais cautelosas, por aqui investidores seguiram de olho em notícias relacionadas à PEC da Transição e ao anúncio do novo ministro da Fazenda, mas com outro dia sem muitas respostas. O pregão teve uma sessão de liquidez reduzida por conta do segundo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, mesmo com a Bolsa permanecendo aberta no horário normal.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, ao mesmo tempo em que o rendimento dos Treasuries avançou, impulsionados, principalmente, após falas de dirigentes do Federal Reserve. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que o mercado de trabalho forte dá espaço ao banco central americano para aumentar as taxas de juros, além de alertar que o mercado financeiro está subestimando a chance de o Federal Reserve ser agressivo ano que vem para controlar a inflação. Já o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse que a luta contra inflação nos Estados Unidos poderá se prolongar até 2024. Para piorar, o mercado já vinha adotando cautela desde a parte da manhã de olho nos protestos na China por conta da política de covid zero no país.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,82%, cotado a R$ 5,3661, em dia de ajuste técnico, devolvendo parte da valorização de 1,89% da última sexta-feira, em uma sessão na qual a moeda americana ganhou força em comparação com a maioria das divisas internacionais.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN subiram 2,47% e 2,10%, respectivamente, impulsionadas por especulações de que a Opep+ deverá considerar em sua próxima reunião um corte de produção de petróleo. A companhia também foi beneficiada pela garantia de distribuição dos dividendos anunciados.
Já os papéis de Rumo ON aceleraram 3,65%, depois de o Credit Suisse elevar o preço-alvo das ações da companhia de R$ 21 para R$ 24, reiterando a recomendação de compra.
Pelo lado negativo, as ações das varejistas tiveram mais um dia de perdas refletindo o desempenho ruim da Black Friday, que teve o pior desempenho da história para as vendas on-line, segundo notícia do Valor. Americanas ON derreteu 9,68%, Via ON tombou 6,70% e Lojas Renner ON recuou 4,42%.
Por fim, as ações de Marfrig ON recuaram 5,93%, refletindo a fase de declínio do ciclo de gado nos Estados Unidos, o que pode acarretar em pressão de margens para o próximo ano.

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