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Fechamento B.Side: Ibovespa acelera aos 110 mil pontos impulsionado por Petrobras, Vale e expectativa de desidratação da PEC da Transição; dólar recua a R$ 5,28

Impulsionado pelo bom desempenho das ações ligadas a commodities, especialmente Petrobras e Vale, o Ibovespa registrou valorização de 1,96%, aos 110.909,61 pontos. O mercado também seguiu atento ao noticiário envolvendo a PEC da Transição. Apesar de o texto ter sido protocolado no Senado com a indicação de gastos de R$ 198 bilhões fora do teto e duração de quatro anos, há uma expectativa de que haja uma desidratação no impacto fiscal da proposta, o que também impulsionou os ativos locais. Por fim, ainda foi especulado que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin voltou a ser cogitado para o Ministério da Fazenda. Lula, no entanto, afirmou a integrantes do MDB que só anunciará os ministros de seu governo quando for diplomado, o que deve acontecer em 12 de dezembro.

Em Wall Street, as bolsas americanas tiveram desempenho majoritariamente negativo, com o mercado adotando cautela antes da divulgação de indicadores econômicos que serão divulgados nos próximos dias, além de aguardar o discurso de amanhã do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que poderá dar pistas se o banco central americano vai desacelerar ou parar os aumentos das taxas de juros. Hoje, o Morgan Stanley afirmou que o S&P 500 pode cair 15% até março por conta do aperto quantitativo do Fed. Investidores também repercutiram a notícia de que o governo chinês pode flexibilizar as restrições em relação à política de covid zero antes do esperado e acelerar a vacinação da população idosa, em resposta aos protestos.

No mercado de câmbio, o dólar à vista recuou 1,46%, cotado a R$ 5,2876, também influenciado pela expectativa de desidratação da PEC da Transição. Adicionalmente, no cenário externo, a força das divisas emergentes em relação à moeda americana também impulsionou o real na sessão.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, algumas companhias relacionadas a commodities registraram fortes altas. As mineradoras foram beneficiadas pelo otimismo com uma possível reabertura da economia chinesa, enquanto as petroleiras refletiram a valorização de 1% do petróleo no mercado internacional e a expectativa de cortes na produção da commodity pela Opep+. Assim, as ações de Petrobras ON e PN subiram 4,30% e 4,19%, respectivamente, enquanto Vale ON avançou 3,86% e CSN ON ganhou 8,47%.

Já o alívio na curva de juros foi fundamental para tirar parte da pressão de varejistas e construtoras. Os papéis de Grupo Pão de Açúcar ON dispararam 7,33%, de Cyrela ON se valorizaram 4,83%, de Americanas ON tiveram acréscimo de 3,54% e de MRV ON registraram alta de 2,77%.

Pelo lado negativo, as exportadoras de papel e celulose foram pressionadas pelo movimento de baixa do dólar, além de desmonte de algumas posições consideradas mais defensivas. As units de Klabin recuaram 3,10% e Suzano ON perdeu 2,97%.

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