Em um dia de recuperação para ações de estatais, mas de pressão vinda do exterior, o Ibovespa fechou o pregão praticamente estável, em leve queda de 0,01%, aos 103.737,69 pontos. O mercado também olhou com atenção para a possibilidade de a PEC da Transição não passar na Câmara dos Deputados, após negociações com Arthur Lira (PP) travarem. Há, inclusive, a chance de o PT abrir mão da proposta e editar uma Medida Provisória (MP) para garantir o Bolsa Família de R$ 600.
Em Wall Street, as bolsas americanas tiveram nova sessão de fortes perdas, com o índice Dow Jones registrando sua pior sessão em três meses. Hoje, novos dados da economia dos Estados Unidos mostraram que as vendas no varejo caíram mais do que o esperado em novembro, aumentando os temores de que os aumentos das taxas de juros do Federal Reserve estejam levando a economia americana a uma recessão. Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, enfatizou que novos aumentos “significativos” das taxas de juros em um “ritmo constante” ainda estão por vir.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,28%, cotado a R$ 5,3157, com agentes também de olho nas tratativas em relação à PEC da Transição e o impasse em torno da Lei das Estatais no Senado. Aqui, a moeda americana teve alta bem menos intensa do que no exterior.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Petrobras ON e PN subiram 2,55% e 2,66%, respectivamente, com o mercado na expectativa de que o Senado possa vetar as mudanças na Lei das Estatais, aprovadas pela Câmara dos Deputados nesta semana.
Fora do índice, os papéis de Oi ON dispararam 29,41%, impulsionados pelo encerramento do processo de recuperação judicial depois de mais de seis anos.
Pelo lado negativo, as ações das companhias aéreas e de turismo caíram em bloco, refletindo o mau humor para o setor no exterior. Gol PN tombou 6,49%, CVC ON perdeu 4,58% e Azul PN cedeu 3,24%.
Já os papéis de Braskem PNA tiveram queda de 4,80%, após o UBS BB rebaixar a recomendação de compra para neutra, além de reduzir o preço-alvo de R$ 50 para R$ 30. O banco argumentou que os spreads do polietileno e do polipropileno devem continuar pressionados nos próximos dois anos.
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