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Fechamento B.Side: Ibovespa sobe aos 104 mil pontos após decisões do STF sobre orçamento e Bolsa Família; dólar avança a R$ 5,30

Fechamento B.Side: Ibovespa sobe aos 104 mil pontos após decisões do STF sobre orçamento e Bolsa Família; dólar avança a R$ 5,30

Assim como aconteceu nas últimas semanas, o noticiário político de Brasília agitado ditou o rumo dos negócios nesta segunda-feira. Ontem à noite, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou que as despesas com o Bolsa Família sejam retiradas do teto de gastos. Assim, diante de tratativas emperradas entre o governo eleito e a Câmara dos Deputados em torno da PEC da Transição, o pagamento do programa social foi garantido mesmo caso não haja acordo no Congresso. Já hoje, o STF formou maioria e considerou inconstitucional as emendas do relator, instrumento que ficou conhecido como “orçamento secreto”, o que sugere menos pressão do novo governo em troca de cargos políticos. Além disso, foi bem recebido pelo mercado a nomeação de Anelize Almeida à frente da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), considerado um perfil técnico e não político. Ao final do dia, o Ibovespa registrou alta de 1,83%, aos 104.739,75 pontos.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com os investidores avaliando os riscos em torno de uma recessão nos Estados Unidos e dando continuidade às perdas das últimas duas semanas. Os temores aumentaram quando o Federal Reserve elevou sua previsão de aumentos de juros acima das expectativas anteriores do mercado. Os dados da última semana que mostraram o arrefecimento da inflação americana até podem ter dado um impulso de curto prazo, mas Powell permanece com um discurso firme de que as taxas de juros podem permanecer elevadas por um bom tempo, além de colocar o emprego como foco da batalha contra inflação em 2023.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,28%, cotado a R$ 5,3090, em linha com a valorização da moeda americana no exterior e principalmente em relação a pares emergentes. Por aqui, agentes seguiram refletindo a cautela do mercado com o risco fiscal do País, mesmo com a valorização da Bolsa e arrefecimento dos juros futuros. O mercado aguarda a votação da PEC da Transição da Câmara, programada para ser votada amanhã.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de varejistas subiram em bloco, impulsionadas pela queda dos juros futuros e agenda doméstica esvaziada em termos de indicadores econômicos, sem nenhum driver importante. Via ON acelerou 16,23%, Americanas ON ganhou 12,65% e Magazine Luiza ON se valorizou 10,13%.

Já as ações de Qualicorp ON dispararam 14,68%, após a ANS aprovar hoje a compra da SulAmérica pela Rede D’Or, incluindo algumas medidas restritivas, entre elas a de que o conselho de administração da Qualicorp se abstenha de votar assuntos relacionados às operadoras da SulAmérica.

Pelo lado negativo, as ações de Usiminas PNA tombaram 6,12%, após o JPMorgan rebaixar a recomendação da companhia de overweight (acima da média ou equivalente à compra) para neutra, além de cortar o preço-alvo de R$ 12 para R$ 8,50.

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