
Ainda repercutindo as medidas fiscais apresentadas ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pressionado pela queda generalizada do setor bancário, o Ibovespa registrou baixa de 0,84%, aos 110.916,08 pontos. As atenções do mercado também seguiram voltadas para o noticiário envolvendo Americanas. Por aqui, pesou também dados econômicos negativos, com o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, em queda de 0,55% em novembro em relação ao mês anterior. Na semana, a Bolsa brasileira acumulou alta de 1,79%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com investidores digerindo os resultados corporativos de bancos. Os índices S&P 500 e Nasdaq tiveram seus melhores desempenhos semanais desde novembro, com valorizações de cerca de 2% e 4%, respectivamente, diante de maiores apostas de que a inflação ceda e o Federal Reserve desacelere o ritmo de alta de juros nos Estados Unidos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve leve alta de 0,12%, cotado a R$ 5,1064. Agentes seguiram repercutindo as últimas informações de inflação nos EUA e medidas fiscais divulgadas pelo governo no Brasil. Na semana, a moeda americana registrou queda de 2,48%, maior baixa em seis semanas.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Americanas ON dispararam 15,81%, após derreterem 77,33% na véspera, quando foram informados R$ 20 bilhões em inconsistências contábeis. Apesar da forte valorização hoje, os papéis ainda estão cotados a R$ 3,15, bem longe dos R$ 12, preço de fechamento da empresa na Bolsa na última quarta-feira (11). Segundo o Valor, os bancos credores da varejista pedem que a empresa anuncie sua capitalização, que deverá ocorrer por meio de um follow-on (oferta subsequente), antes que sejam definidas as novas condições de suas dívidas.
Pelo lado negativo, os papéis de Eztec ON cederam 4,21%, após a companhia divulgar seus dados operacionais referentes ao quarto trimestre de 2022. Os números vieram mais fracos do que o esperado pelo mercado. Ainda no setor de construção, MRV ON tombou 5,27% e Cyrela ON caiu 2,48%.
As ações de bancos recuaram em bloco, impactadas por resultados do quarto trimestre considerados fracos de pares americanos. Além disso, pesa a incerteza em relação a possíveis débitos da Americanas com nomes do setor. As units de Santander recuaram 1,94%, Itaú PN se desvalorizou 0,50% e Bradesco PN teve decréscimo de 0,33%.

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