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Fechamento B.Side: Ibovespa dispara e encosta nos 110 mil pontos impulsionado por bancos e após Padilha refutar mudanças no BC e em metas de inflação; dólar se mantém em R$ 5,19

Fechamento B.Side: Ibovespa dispara e encosta nos 110 mil pontos impulsionado por bancos e após Padilha refutar mudanças no BC e em metas de inflação; dólar se mantém em R$ 5,19

O Ibovespa registrou forte alta de 1,97%, aos 109.951,49 pontos, na sessão desta quarta-feira, impulsionado por falas do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, não há nenhuma discussão no governo para revogar a independência do Banco Central ou rever as metas de inflação do Brasil, temas que estavam sendo especulados nos últimos dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar a conduta de política monetária do BC e o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Na contramão dos mercados acionários de Nova York, a Bolsa brasileira foi impulsionada, principalmente, pelo setor bancário.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com investidores retomando o foco para resultados corporativos. De acordo com a Refinitiv, 42 empresas listadas no índice S&P 500 emitiram guidances negativos para o primeiro trimestre de 2023, enquanto apenas 8 divulgaram guidances positivos. As ações de Alphabet, dona do Google, tombaram mais de 7% em meio a preocupações com o aumento da concorrência no segmento de inteligência artificial.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em leve queda de 0,06%, cotado a R$ 5,1965, diante de uma entrada de fluxo estrangeiro para a Bolsa brasileira, à medida que os ruídos fiscais se dissiparam no pregão. O movimento de alívio da moeda americana ante rivais também contribuiu para o real encerrar a sessão no campo positivo.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques da B3, o setor bancário subiu em bloco, impulsionado pelo balanço do quarto trimestre de 2022 divulgado ontem à noite pelo Itaú, cujo lucro líquido gerencial foi de R$ 7,668 bilhões, o que representa uma alta de 7,1% em relação ao mesmo período de 2021. O que chamou a atenção do mercado foram margens mais elevadas, fruto de uma carteira de crédito mais rentável, o que ajudou a absorver o impacto de Americanas. Assim, as ações de Itaú PN dispararam 8,27%, a de Bradesco PN aceleraram 4,89% e as units de BTG Pactual ganharam 5,17%.

O ambiente doméstico mais positivo voltou a fazer papéis mais ligados à economia local respirarem, casos de Magazine Luiza ON (+4,20%), Eztec ON (+4,36%), Totvs (+3,99%) e Cyrela ON (+4,35%).

Pelo lado negativo, as ações de Gol PN derreteram 5,38%, impactadas pela alta de 1,7% do petróleo no mercado internacional. Além disso, a companhia divulgou que seu conselho de administração aprovou, em 1 de fevereiro de 2022, as operações financeiras de obrigações pela Gol Linhas Aéreas (GLA) perante Citibank e HedgePoint.

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