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Fechamento B.Side: Ibovespa retoma os 102 mil pontos após decisão do Copom; dólar se mantém estável

Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou alta de 0,37%, aos 102.174,34 pontos, na sessão desta quinta-feira. O principal índice da B3 foi beneficiado, principalmente, por ações domésticas mais sensíveis à curva de juros futuros, com recuo nos vértices intermediários e longos, em uma reação positiva do mercado à decisão e comunicação do Copom ontem. A decisão, no entanto, voltou a gerar críticas do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este último, inclusive, afirmou que ficou “bastante preocupado” com a decisão do Banco Central e se disse contrário a “manter pela terceira vez (neste ano) a maior taxa de juros do mundo em uma economia que tem as menores taxas de inflação”.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com investidores ainda digerindo a decisão do Federal Reserve de elevar a taxa de juros em 0,25 pontos-base nos Estados Unidos, para a faixa entre 5,00% e 5,25%, e para os comentários do presidente da instituição, Jerome Powell, de que aguardará mais dados econômicos para se posicionar na próxima reunião e que um cenário de corte de juros ainda não foi discutido por membros do comitê. Somado a isso, o sentimento de cautela prevaleceu diante de novos temores relacionados ao setor bancário americano, com as ações do PacWest afundando mais de 50%, após a notícia de ontem de que o banco da Califórnia estaria avaliando opções estratégicas, incluindo uma possível venda.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou praticamente estável, em leve alta de 0,02%, cotado a R$ 4,9928, em um pregão marcado por um movimento técnico e de ajuste de posição, em reação às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O desempenho do real esteve em linha com outras divisas emergentes que tiveram fôlego reduzido em relação à moeda americana.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Ultrapar ON dispararam 11,81%, depois de a empresa registrar lucro líquido de R$ 274 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 41% ante mesmo período de 2022. No entanto, os números foram considerados melhores do que o esperado.

Em uma sessão de maior alívio para os juros futuros, nomes mais dependentes da economia doméstica se beneficiaram do fechamento da curva, como setores de varejo, construção e educação. Assim, Magazine Luiza ON acelerou 6,89%, Lojas Renner ON subiu 6,11%, MRV ON ganhou 5,42% e Ydqus ON registrou alta de 4,90%.

Já os papéis de Petrobras ON e PN subiram 1,46% e 1,59%, respectivamente. A estatal divulgou ontem seu relatório de produção e vendas relativo ao primeiro trimestre deste ano, com queda de 4,5% da produção de petróleo, LGN e gás no Brasil em base anual.

Pelo lado negativo, as ações de Embraer ON tombaram 9,71%, após a companhia reportar prejuízo líquido ajustado de R$ 466,9 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 13,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, com agentes do mercado considerando os números da empresa como fracos, especialmente uma queda de 22% do Ebitda em base anual e queima de caixa seis vezes maior.

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