Bolsas sobem em semana marcada por decisões de Fed e BCE
Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em alta nesta segunda-feira, com as atenções do mercado voltadas para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE), em um cenário em que o mundo todo monitora o que acontecerá com o crescimento e a inflação global. A maior parte dos investidores espera que o ciclo de alta da taxa de juros dos Estados Unidos sejam interrompido, mas que haja elevação das taxas na Europa. No Japão, a autoridade monetária divulga sua decisão em relação aos juros na sexta-feira, e a expectativa é que o patamar continue negativo. Às 15h desta segunda-feira, o Tesouro dos Estados Unidos divulga o Resultado Fiscal Mensal de maio. Na sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a projeção para os estoques finais de milho, soja e trigo do país da safra 2023/24. Entre as commodities, o petróleo sobe 2%, enquanto o minério de ferro cai mais de 5% em Singapura, primeira queda em nove sessões.
Mercado segue de olho no noticiário de Brasília
No cenário doméstico, o mercado segue de olho nas discussões de temas como arcabouço fiscal, contas públicas, reforma tributária e reforma ministerial. A Fipe divulgou hoje o IPC semanal. Na primeira quadrissemana de junho, houve inflação de 0,11% na cidade de São Paulo. A FGV informa o IPC-S semanal. Também é dia de Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, da FGV Ibre soltar o IGP-M ao meio-dia, e dados da Balança Comercial saírem às 15h. Por aqui, aumentam apostas de que o Copom comece a baixar a Selic antes do que se previa. O dólar atingiu seu menor valor desde junho de 2022. Hoje, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga o limite de reajuste dos planos de saúde individuais que poderá ser aplicado para o período de maio de 2023 a abril do próximo ano, conforme o aniversário do contrato. De acordo com o Valor Econômico, o mercado estima que a alta permitida pela ANS deve ficar entre 9% e 12%. Segundo O Globo, o governo vai precisar de pelo menos R$ 110 milhões para zerar o déficit público em 2024, mas nem todas as receitas necessárias foram aprovadas ou divulgadas.
Unipar faz oferta para comprar Braskem
No noticiário corporativo, a Unipar propôs à Novonor e a parte de seus bancos credores a compra do controle da Braskem, petroquímica que também tem a Petrobras como importante acionista. A operação deve ficar em torno de R$ 10 bilhões e, segundo o Brazil Journal, a proposta foi bem recebida pela família Odebrecht e seus bancos credores. Eneva deu início à avaliação de potenciais parceiros estratégicos para plataforma de ativos renováveis. Segundo o Brazil Journal, a intenção é dividir com o futuro sócio orçamento próximo a R$ 10 bilhões. A suíça MSC está negociando a compra da brasileira Wilson Sons por cerca de R$ 5 bilhões, informa o colunista Lauro Jardim. Acionistas da BR Properties decidirão, em AGE no próximo dia 30, sobre redução no capital social da companhia no valor total de R$ 732,1 milhões e grupamento de ações na proporção de 25 para uma. A Localiza divulgou que o programa governamental para diminuir o preço de carros que custam até R$ 120 mil poderá ter impacto negativo de 1,3% a 1,5% no valor de sua frota no fim do 1tri23, mas que poderá ser beneficiada quando empresas puderem comprar carros com preço reduzido. O Valor Econômico informa que a venda de carros híbridos e elétricos chegou ao recorde de 6,4 mil unidades em maio. A Oncoclínicas divulgou que fará ofertas primária e secundária de papéis, no total de 70 milhões de ações. Segundo a Exame Invest, o valor poderá alcançar R$ 735 milhões, considerando-se a cotação de R$ 10,49 do papel no fechamento de sexta-feira. As vendas da asiática Shein, no Brasil, se aproximam do desempenho de grandes varejistas, que reagem com busca de melhor controle operacional, com uso de inteligência artificial, diz Folha de S. Paulo.
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