No último pregão do mês de julho, o Ibovespa registrou valorização de 1,46%, aos 121.942,98 pontos, impulsionado, principalmente, pelos papéis de Petrobras e Vale. O mercado local segue calibrando as expectativas para a próxima reunião do Copom, com ampla expectativa para que o Banco Central dê o pontapé inicial para o ciclo de corte de juros no Brasil. A dúvida que fica é se o BC irá promover um corte de 25 ou de 50 pontos-base na taxa Selic. Assim, nomes mais ligados à economia doméstica também se beneficiaram do movimento de queda dos juros futuros. No mês de julho, a Bolsa brasileira acumulou ganhos de 3,26%.
Em Wall Street, as bolsas americanas operaram lateralizadas, mas encerraram o dia no campo positivo. Os índices S&P 500 e Nasdaq terminaram julho com valorização de 2,9% e 3,8%, respectivamente, o que representa uma sequência de cinco meses consecutivos no campo positivo. Já o Dow Jones teve ganho mensal de 3,2%. Nas últimas semanas, o mercado ficou cada vez mais esperançoso de que a economia americana passe por uma “aterrisagem suave”, já que os dados econômicos indicam resiliência no mercado de trabalho e inflação em trajetória de baixa nos EUA. Os lucros corporativos do segundo trimestre também continuam melhores do que o esperado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou a sessão praticamente estável, em leve queda de 0,03%, cotado a R$ 4,7295, em um dia no qual a moeda americana avançou em relação a outras rivais fortes e a divisas de emergentes. Por aqui, pesou a proximidade com a reunião de política monetária do Banco Central e a formação da taxa Ptax. No mês, o dólar teve queda de 1,25%.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, de olho no Copom, diversas companhias se beneficiaram do movimento de baixa dos juros futuros. Assim, Dexco ON disparou 6,76%, Magazine Luiza ON acelerou 5,68% e Locaweb ON ganhou 4,37%
Já as ações de Petrobras ON e PN aceleraram 5,26% e 4,54%, respectivamente, após a companhia anunciar uma nova política de dividendos, aprovada na última sexta-feira (28). Apesar da estatal reduzir a remuneração de 60% para 45% do fluxo de caixa, o mercado considerou que a distribuição mínima ainda segue positiva.
As mineradoras e siderúrgicas também avançaram em bloco, amparadas por bons resultados de China, que apresentou um desempenho melhor do que o esperado na manufatura e anunciou mais medidas para estimular seu crescimento econômico. Vale ON se valorizou 2,26%, CSN ON subiu 2,82%, Gerdau PN teve alta de 3,07% e Usiminas PNA registrou acréscimo de 1,98%.
Pelo lado negativo, as ações de CVC ON recuaram 1,65%, com o mercado na expectativa por um balanço fraco referente ao segundo trimestre da companhia. O papel acumular perda de 15% no mês de julho.

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