Na primeira sessão do mês de agosto, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,57% nesta terça-feira, aos 121.248,39 pontos, pressionado por um mau humor externo, pela queda de nomes relevantes do índica como a Petrobras e pela cautela adotada por agentes antes do encerramento da reunião de política monetária do Banco Central, cuja decisão será divulgada na quarta-feira (2), após o fechamento do mercado.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo positivo e S&P 500 e Nasdaq no negativo. Os mercados acionários globais foram pressionados por dados decepcionantes da indústria das principais economias do mundo, somado a um receio de que os estímulos anunciados pela China não sejam suficientes para gerar a tração necessária na atividade econômica do país asiático, o que pressionou as commodities.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,27%, cotado a R$ 4,7895, em linha com o movimento de valorização da moeda americana em âmbito internacional. O mercado voltou a adotar uma postura defensiva diante da percepção do aumento de risco de uma recessão global, especialmente após dados fracos do setor de manufatura na China, na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, com todas as regiões citadas com um índice na zona de contração.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as units de Iguatemi aceleraram 2,47%, com o mercado adotando otimismo para o balanço do segundo trimestre de 2023 da companhia que será divulgado hoje após o fechamento da Bolsa. O BTG espera que Iguatemi seja “o destaque da temporada” de shoppings.
Pelo lado negativo, os papéis de Sabesp ON recuaram 4,13%, após o governo de São Paulo anunciar o modelo de privatização da companhia, que será por follow-on (oferta pública de ações). Segundo o governador Tarcísio de Freitas, o objetivo seria proporcionar maior concentração de capital para atrair investidores de referência. A partir deste movimento o Estado deixa o controle da companhia, mas mantém uma participação minoritária não revelada. Apesar de o movimento de privatização ser considerado positivo, a falta de detalhamento decepcionou.
Por fim, as ações de Petrobras ON e PN perderam 2,10% e 1,64%, respectivamente, depois de a estatal anunciar um aumento no preço do querosene de aviação em 4,2% no reajuste anual. Analistas apontam que preços de gasolina e diesel estão defasados em valores superiores a 20%. Além disso, houve um ruído de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, “segure até onde der” os preços dos combustíveis.
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