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Fechamento B.Side: Ibovespa cai aos 114 mil pontos pressionado por NY e acumula 13º pregão consecutivo no vermelho; dólar se mantém estável pelo 2º dia consecutivo

Pressionado pelo mau humor nos mercados acionários de Nova York na sessão desta quinta-feira, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,53%, aos 114.982,30 pontos, acumulando uma sequência de 13 pregões consecutivos no campo negativo. Por aqui, os juros futuros subiram, alinhados com a escalada dos títulos públicos americanos, pressionando nomes domésticos. Nem mesmo a alta do petróleo, que quebrou uma série de três sessões de queda, foi suficiente para impulsionar os papéis de Petrobras, que caíram e, consequentemente, empurraram a Bolsa brasileira para baixo. Além disso, o mercado observou novos ruídos políticos em Brasília, com acusações do hacker Walter Delgatti contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em depoimento em CPI.

Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, penalizados pela disparada dos rendimentos dos Treasuries americanos, com o título de 10 anos atingindo seu nível mais alto desde outubro de 2022. O mercado adotou cautela adicional depois que o Federal Reserve sinalizou ontem, por meio da ata da última reunião de política monetária, que ainda continua preocupado com a trajetória inflacionária americana, o que pode indicar que o ciclo de alta de juros nos EUA ainda não chegou ao fim. As ações de setores de tecnologia e de consumo foram as mais afetadas. Entre os indicadores econômicos, os pedidos semanais de seguro-desemprego registraram 239 mil pedidos, levemente abaixo das estimativas de 240 mil solicitações.

No mercado de câmbio, o dólar à vista se manteve praticamente estável, em leve queda de 0,10%, cotado a R$, 4,9814, em linha com o movimento da moeda americana em âmbito global, diante de temores contínuos em relação à economia chinesa e debate sobre o fim ou não do ciclo de aperto monetário por parte do Fed.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, as ações de Cielo ON aceleraram 2,67%, na maior alta do Ibovespa, mas sem notícias específicas para a empresa.

Já os papéis de Eletrobras ON subiram 2,15%, após o Itaú BBA reiterar comprar para a companhia elétrica, com preço-alvo de R$ 61,6. O banco, no entanto, não descartou uma pressão política sobre o papel, após ruídos em torno da conclusão de Angra 3, renúncia do CEO Wilson Ferreira Jr. e debates sobre direitos de voto.

Pelo lado negativo, a alta dos juros futuros voltou a pressionar papéis de setores mais cíclicos, caso de varejistas e construtoras. Assim, Via ON tombou 6,15%, Cyrela ON cedeu 4,25%, Magazine Luiza ON perdeu 5,05% e MRV ON se desvalorizou 2,43%.

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