Beneficiado pelo apetite a risco no exterior para os mercados acionários, o Ibovespa registrou alta de 1,10% na sessão desta terça-feira, aos 118.403,61 pontos. O principal índice da B3 teve a Vale como um dos principais propulsores do dia, diante de um noticiário menos negativo relacionado a China. O mercado também monitorou os ruídos vindos de Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negando que o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024 será alterado para mudar a meta de zeragem do déficit primário.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, diante da queda dos rendimentos dos Treasuries, diante de dados fracos do mercado de trabalho americano, o que é considerado positivo por investidores, já que indica uma desaceleração da atividade da maior economia do mundo, o que reduz apostas de que o Federal Reserve promoverá novas altas de juros. O relatório Jolts apontou para 8,8 milhões de vagas de emprego em julho, abaixo da estimativa de 9,4 milhões de postos de trabalho. Foi a primeira vez desde a pandemia de covid-19 que o indicador ficou abaixo de 9 milhões de vagas. O setor de tecnologia novamente se destacou na sessão, com as ações de Nvidia acelerando 4,16%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,42%, cotado a R$ 4,8546, em linha com o movimento de desvalorização da moeda americana em âmbito global, com maior apetite a risco por parte de agentes após um dado fraco do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Marfrig ON dispararam 10,70%, enquanto os papéis de Minerva ON derreteram 18,26%, impactadas pela aquisição de 16 plantas da Marfrig pela Minerva pelo valor de R$ 7,5 bilhões. Investidores aumentam as preocupações em relação ao nível de endividamento da Minerva, enquanto enxergam um bom negócio para a Marfrig, que vendeu as plantas por um número maior que os múltiplos de negociação.
As ações de CVC ON aceleraram 6,36%, após a notícia de que a 123 Milhas entrou com um pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 2,3 bilhões.
Pelo lado negativo, as ações do Grupo Pão de Açúcar ON tombaram 4,18%, aumentando as perdas do mês para quase 40%. Após o spin-off do Éxito, analistas apontam que os próximos resultados da empresas podem vir pressionados, dado o nível de alavancagem da companhia.
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