Após operar acima dos 119 mil pontos, o Ibovespa perdeu fôlego ao longo da sessão desta quarta-feira e registrou alta de 0,18%, aos 118.175,97 pontos, impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho de papéis do setor financeiro. O principal índice da B3 foi beneficiado por um pregão de maior apetite a risco para ativos de países emergentes e ligados a commodities. A ausência de indicadores econômicos na agenda doméstica e o vencimento de opções sobre o Ibovespa influenciaram na maior volatilidade na B3.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo negativo e S&P 500 e Nasdaq no positivo. O mercado voltou suas atenções para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto dos Estados Unidos, que registrou avanço de 0,6% em relação ao mês anterior, em linha com as expectativas, enquanto, em base anual, o dado avançou 3,7%, levemente acima dos 0,6% projetados. Após a divulgação da inflação americana, agentes mantiveram as probabilidades praticamente inalteradas de manutenção das taxas de juros dos EUA na próxima reunião do Federal Reserve, que acontecerá na próxima semana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,72%, cotado a R$ 4,9173, com o mercado um pouco mais aliviado com os números de inflação dos EUA próximos das projeções, o que afastou a possibilidade, pelo menos momentaneamente, de um banco central americano mais duro do que se espera. Amanhã, teremos a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) americano de agosto e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as ações de Carrefour ON aceleraram 3,97%, com o mercado com maior apetite a risco e em busca de nomes mais ligados à atividade doméstica, com os ativos relacionados a supermercados passando por um movimento de recuperação.
Já o setor bancário avançou em bloco, com as units de BTG Pactual se destacando entre as maiores altas, com valorização de 3,76%, com nomes do segmento financeiro sendo beneficiados pela queda na curva de juros futuros, especialmente na ponta longa.
Pelo lado negativo, os papéis de Via ON tombaram 5,13%, após a companhia aprovar ontem a possibilidade de aumentar o capital social para até 3 bilhões de ações ordinárias.

Deixe um comentário