Depois de quatro sessões consecutivas no campo positivo, o Ibovespa cedeu aos ventos contrários vindos do exterior e registrou desvalorização de 0,53% nesta sexta-feira, aos 118.757,53 pontos. O principal índice da B3 foi pressionado pelo movimento de baixa de seus principais nomes, entre eles Petrobras, Vale e o setor bancário. No cenário doméstico, os juros futuros ainda aceleraram após o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), declarar que considera “quase impossível” que o governo atinja a meta de zerar o déficit primário em 2024. Na semana, a Bolsa brasileira acumulou alta de 2,98%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram com força, em uma semana marcada por volatilidade antes da reunião do Federal Reserve, que acontecerá na quarta-feira (20) da próxima semana, com ampla expectativa do mercado pela manutenção dos juros americanos. Hoje, no entanto, o avanço acima do esperado da produção industrial dos EUA em agosto, assim como do índice Empire State de atividade industrial em setembro, esfriou o apetite a risco do mercado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista ficou praticamente estável, em leve queda de 0,03%, cotado a R$ 4,8712, com a divisa brasileira tentando furar o nível de suporte psicológico abaixo de R$ 4,85, o que não aconteceu. O mercado seguiu precificando os incentivos dados pela China, uma percepção de que o Federal Reserve manterá os juros inalterados na próxima semana e de que os aumentos de juros na zona do euro chegaram ao final. Na semana, o dólar caiu 2,23%
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, as elétricas figuraram entre as maiores altas, em um movimento de troca de setores, já que são consideradas mais defensivas por investidores. As units de Energisa aceleraram 4,90%, Eneva ON subiu 1,99%, Copel PNB avançou 1,91% e Equatorial ON ganhou 1,71%.
Já as ações de Suzano ON se valorizaram 2,54%, enquanto as units de Klabin subiram 1,32%, com preços da celulose no radar do mercado e expectativas mais favoráveis com a atividade chinesa.
Pelo lado negativo, as ações de Via ON derreteram 15,56%, dando sequência à forte desvalorização vista ontem, quando perdeu 18,92%. O movimento acontece depois de a companhia precificar seu follow-on em R$ 0,80 por ação, movimentando mais de R$ 600 milhões. No entanto, a captação foi aquém do esperado.
Em uma combinação de um movimento de realização de lucros e alta dos juros futuros, ativos cíclicos recuaram em bloco. Carrefour ON tombou 7,04%, Eztec ON cedeu 3,92%, Magazine Luiza ON perdeu 3,88% e CVC ON se desvalorizou 3,77%.

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