Em uma sessão de perdas generalizadas para os mercados acionários globais, o Ibovespa registrou baixa de 0,74% no pregão desta sexta-feira, aos 113.155,28 pontos. Por aqui, o IBC-Br de agosto, considerado a prévia do PIB, registrou 0,77%, pior do que o mercado esperava, o que também contribuiu para um maior sentimento de aversão a risco. O dia ainda foi marcado pelo vencimento de opções sobre ações, o que costuma aumentar a volatilidade no principal índice da B3. Na semana, a Bolsa brasileira acumulou desvalorização de 2,25%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, diante da perspectiva de juros altos por tempo prolongado nos EUA, cuja visão foi reforçada por falas de dirigentes do Federal Reserve, e incertezas relacionadas ao conflito no Oriente Médio. Nem mesmo, a queda dos Treasuries, os títulos públicos americanos, na sessão desta sexta-feira foi suficiente para aumentar o apetite do mercado por ativos considerados mais arriscados. Na semana, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq acumularam perdas de 1,61%, 2,39% e 3,16%, respectivamente.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,43%, cotado a R$ 5,0313, em linha com a trajetória de queda da moeda americana no exterior ante divisas emergentes e ligadas a commodities. Assim, o real foi beneficiado por uma entrada de fluxo comercial e pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries.
Destaques da Bolsa
Entre os destaques do dia na B3, alguns nomes do setor de frigoríficos subiram, diante de uma percepção de maior fluxo de capital para o setor. Assim, as ações de BRF ON aceleraram 3,85% e de JBS ON avançaram 1,21%.
Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN recuaram 1,09% e 1,28%, respectivamente, em linha com a trajetória de baixa do petróleo no mercado internacional e em movimento de realização após ganhos nas sessões anteriores.
Por fim, as varejistas, tomadas por volatilidade nos últimos dias, não definiram sinal único. Se por um lado a queda dos juros futuros beneficiaram alguns nomes do segmento, por outro lado dados de atividade piores do que o esperado trouxeram cautela adicional. Casas Bahia ON subiu 4% e Natura ON se valorizou 2,96%, enquanto Magazine Luiza ON cedeu 4,35%.

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