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Fechamento B.Side: Petrobras desaba 6% e derruba Ibovespa para os 112 mil pontos; dólar recua a R$ 5,01 com alívio nos Treasuries

Em uma sessão de agenda esvaziada tanto no âmbito doméstico quanto no internacional, as atenções do mercado local estiveram voltadas para a Petrobras, que derreteu 6% com a possibilidade de mudanças no estatuto da companhia. Assim, mesmo em um dia de ganhos praticamente generalizados para papéis da Bolsa brasileira, o Ibovespa, pressionado pelo grande peso da estatal petroleira, registrou leve baixa de 0,33% no pregão desta segunda-feira, aos 112.784,52 pontos. Hoje, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil tem uma política fiscal “mais frouxa” do que outros países emergentes. Em Brasília, há a perspectiva de retomada de pautas relevantes, já que amanhã teremos uma possível leitura do relatório da reforma tributária no Senado e de uma votação da tributação de fundos exclusivos e offshore na Câmara dos Deputados.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os olhos do mercado voltados para o desempenho da renda fixa americana. Por lá, o rendimento dos Treasuries, os títulos públicos americanos, com vencimento de 10 anos rompeu a barreira dos 5%, mas rapidamente voltou a operar abaixo desse patamar, o que trouxe alívio momentâneo. Contudo, o risco do conflito no Oriente Médio e desconforto com a questão fiscal dos EUA. O mercado também opera em compasso de espera antes da divulgação de balanços de gigantes de tecnologia nesta semana como Microsoft, Alphabet, Meta e Amazon.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,29%, cotado a R$ 5,0169, em linha com o movimento de enfraquecimento da moeda americana . O dólar atingiu seu menor valor intradiário (R$ 5,0065) desde 29 de setembro, quando chegou a R$ 4,9884. Apesar da preocupação com os juros americanos, o mercado aguarda mais dados econômicos dos EUA, especialmente a inflação do PCE de setembro, que sairá na sexta-feira, e poderá dar mais sinalizações sobre a postura do Federal Reserve.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia da B3, as ações de CVC ON dispararam 9,20%, sem nenhuma notícia específica. Há rumores no mercado de que a empresa poderá anunciar um aumento de capital depois da divulgação de seu balanço do terceiro trimestre de 2023, programado para o dia 7 de novembro.

Fora do Ibovespa, as ações de Gafisa ON aceleraram 9,50%, após a companhia divulgar que suas vendas líquidas atingiram R$ 176,9 milhões no terceiro trimestre de 2023, o que representa uma queda de 4% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, a redução do estoque em 30% e empreendimentos de médio e alto padrão correspondendo a 89% das vendas líquidas foram informações bem recebidas pelo mercado.

Pelo lado negativo, as ações de Petrobras ON e PN derreteram 6,03% e 6,61%, respectivamente, depois de o conselho de administração da estatal aprovar, por maioria, uma proposta de revisão do Estatuto Social que será votada em uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), ainda sem data definida. O movimento é visto como um retrocesso na governança da empresa, porque visa realizar indicações políticas, além de flexibilizar a política de dividendos.

Em um dia de alívio para ativos mais sensíveis à economia doméstica, os papéis de Magazine Luiza ON operaram na contramão e perderam 1,95%, com a ação tocando sua menor cotação da história: R$ 1,51.

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