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Fechamento B.Side: Ibovespa acelera aos 131 mil pontos e dólar recua a R$ 4,93 após IPCA-15 melhor do que o esperado

Em uma sessão marcada pela queda dos juros futuros domésticos por conta de um dado positivo de inflação e, consequentemente, pelo avanço de papéis mais cíclicos, o Ibovespa registrou forte valorização de 1,61% no pregão desta terça-feira, aos 131.689,37 pontos. Somado a isso, a valorização de 2% de Vale, o nome mais relevante do índice, também impulsionou a Bolsa brasileira. Por aqui, o IPCA-15 de fevereiro registrou avanço de 0,78%, abaixo dos 0,82% esperados pelo mercado. Oito dos nove grupos pesquisados registraram alta nos preços. Segundo a economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, a aceleração da inflação de hoje não preocupa pelo número em si, já que a principal alta, de educação, se explica por fatores sazonais – reajustes de mensalidades, matrículas, material escolar, dentre outros. No entanto, a pressão em serviços, mesmo com a desaceleração marginal dos serviços subjacentes, deve seguir justificando a postura mais cautelosa do Copom, que com a atual dinâmica da inflação não deve acelerar o ritmo de cortes da taxa Selic.

Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas, assim como ontem, rondaram a estabilidade. O mercado dá uma pausa no rali visto na última semana e adota compasso de espera pelo índice de inflação PCE, considerado o favorito do Federal Reserve, e que será divulgado na próxima quinta-feira (29). Ontem à noite, o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, afirmou que o banco central americano precisa ser paciente e que não deve ter pressa em iniciar o ciclo de corte de juros nos EUA. Já hoje, a diretora do Fed Michelle Bowman alertou que reduzir os juros cedo demais pode resultar em novas altas no futuro, caso a inflação volte a acelerar nos EUA. Entre os indicadores econômicos, o índice de confiança do consumidor caiu para 106,7, diante de preocupações com a potencial desaceleração do mercado de trabalho e aproximação das eleições americanas.

No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,97%, cotado a R$ 4,9330, com o real também sendo impulsionado por um sentimento de otimismo no mercado doméstico após divulgação do IPCA-15 de fevereiro com números melhores do que o projetado. Além do dado positivo, as divisas emergentes se valorizaram em relação à moeda americana no pregão.

Destaques da Bolsa

Entre os destaques do dia na B3, ações cíclicas dispararam, em linha com o cenário de alívio para o mercado de juros futuros. Assim, GPA ON acelerou 12,57%, Petz ON registrou alta de 7,25%, Azul PN ganhou 7,16%, Cogna ON teve acréscimo de 7,14% e MRV ON se valorizou 6,28%.

Já os papéis de BRF ON dispararam 8,14%, depois de a empresa de frigoríficos registrar lucro líquido de R$ 754 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo prejuízo de R$ na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

As ações de Vale ON subiram %, impulsionadas pela recuperação do minério de ferro, que teve alta de 1,24% em Dalian, na China.

Pelo lado negativo, apenas nove papéis encerraram a sessão no vermelho, sendo as maiores quedas das units de BTG Pactual (-1,06%), de Prio ON (-1,00%), de Totvs ON (-0,83%) e de Sabesp ON (-0,77%).

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