
Animados com a sinalização do Federal Reserve de uma aproximação do ciclo do corte de juros nos EUA, os mercados acionários globais avançaram em bloco na sessão desta quarta-feira. Assim, o Ibovespa surfou na onda do otimismo e registrou valorização de 1,25%, aos 129.104 pontos. O principal índice da B3 fechou acima dos 129 mil pontos pela primeira vez desde o dia 1º de março. Por aqui, a decisão de política monetária do Copom também é destaque, após o fechamento do mercado, com ampla expectativa por um corte de juros de 0,50 percentual, levando a taxa Selic para o patamar de 10,75% ao ano. A dúvida que paira no mercado é se o Banco Central manterá a sinalização de cortes de 50 pontos-base para as duas próximas reuniões (maio e junho).
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq renovando seus recordes históricos de fechamento, após o Fed anunciar a manutenção dos juros americanos na faixa entre 5,25% e 5,50%. A decisão em si já era amplamente aguardada pelo mercado, no entanto o que gerou euforia foi a sinalização de três cortes até o final de 2024. Segundo a economista chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, o presidente do Fed, Jerome Powell, adotou um tom um pouco mais dovish na sua entrevista coletiva e minimizou a importância dos números recentes de inflação, dando a entender que o banco central americano continua com o propósito de cortar os juros assim que possível – e não será um CPI pior que as expectativas que vai mudar isso.
No mercado de câmbio, o dólar à vista registrou queda de 1,10%, cotado a R$ 4,9744, em linha com o movimento global de enfraquecimento da moeda americana, pós-decisão do banco central americano. Assim, o dólar encerrou uma sequência de cinco pregões consecutivos de valorização na comparação com o real.

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