A decisão dividida do Copom não foi bem recebida pelo mercado na sessão desta quinta-feira. Assim, o Ibovespa registrou queda de 1,00%, aos 128.188,34 pontos. Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central definiu, por 5 votos a 4, um corte de 0,25 ponto percentual para a taxa Selic, levandos os juros a um patamar de 10,50%, no entanto o tom mais conservador adotado pela autoridade monetária impôs um sentimento de cautela ao mercado. A Bolsa brasileira só não teve quedas mais expressivas por conta da valorização de Vale ON (+0,81%) e Petrobras PN (+0,97%). Por outro lado, diversos papéis foram penalizados após a divulgação de balanços do 1T24, casos de Ultrapar ON (-6,34%), Eletrobras ON (-3,74%), Lojas Renner ON (-6,47%), Arezzo ON (-4,29%) e Cogna ON (-5,65%).
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o índice Dow Jones completando seu sétimo pregão consecutivo no campo positivo, diante de novos dados que mostraram o desaquecimento do mercado de trabalho americano. Hoje, os pedidos semanais de seguro-desemprego dos EUA alcançaram o nível mais alto desde agosto, com 231 mil solicitações, acima dos 214 mil pedidos projetados. A leitura é que uma desaceleração do mercado de trabalho torne mais fácil a missão do Federal Reserve de iniciar o processo de relaxamento monetário no segundo semestre de 2024.
No mercado de câmbio, o dólar à vista acelerou 1,01%, cotado a R$ 5,1428, também pressionado pela decisão pós-Copom, especialmente pela falta de unidade no Banco Central, com visões antagonistas sobre o rumo da política monetária no Brasil. Entre os pares do real, destaque para o peso mexicano, que se fortaleceu ante a moeda americana, depois de o Banco Central do México (Banxico) decidir manter estável sua taxa básica de juros em 11,00%, justificando que os choques inflacionários pode levar mais tempo para se dissipar no país.
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