
Pressionado pelas notícias envolvendo a Petrobras e na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda registrou queda de 0,38% na sessão desta quarta-feira, aos 128.027,59 pontos. Por aqui, a demissão de Jean Paul Prates do comando da estatal caiu como uma bomba e as ações preferenciais da petroleira tombaram 6,04%, com investidores temerosos com a governança da empresa. Magda Chambriard, ex-diretora da ANP, foi a escolhida pelo governo para assumir o cargo de CEO, contudo ainda precisará passar pelos critérios da companhia. Apenas no pregão de hoje, a Petrobras perdeu mais de R$ 30 bilhões em valor de mercado. Entre os indicadores econômicos, o IBC-Br, considerado como uma prévia do PIB, registrou uma alta de 1,08% no primeiro trimestre deste ano. Já no mês de março, o índice de atividade teve recuo de 0,34%, mais do que a retração projetada de 0,25%.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices S&P 500 e Nasdaq renovando recordes históricos de fechamento. O Dow Jones também ficou bem próximo ao patamar mais alto alcançado em 21 de março deste ano. Os mercados foram impulsionados por dados de inflação americanos melhores do que o esperado. O índice de preços ao consumidor (CPI) de abril registrou alta de 0,3% ante o mês anterior, abaixo dos 0,4% projetados por analistas. Na comparação anual, o indicador desacelerou de 3,5% para 3,4%, mas ainda distante dos 2% estipulados pelo banco central americano. Apesar de números inflacionários considerados positivos, um dos membros do Federal Reserve manteve um discurso duro. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que não tem certeza do quanto a política monetária está pressionando a economia dos EUA, o que impõe mais cautela no início do processo de relaxamento monetário. Já o ex-membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve Kevin Warsh disse que não crê em corte de juros até dezembro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve alta de 0,12%, cotado a R$ 5,1367, com as notícias envolvendo Petrobras penalizando o real, que teve a pior perfomance entre as principais moedas. O movimento de desvalorização da divisa brasileira foi bastante contido por um cenário externo otimista após dados de inflação nos Estados Unidos. Assim, a moeda americana teve uma sessão de baixa ante outras divisas emergentes e de economias desenvolvidas.

Deixe um comentário