A ata do FED, anunciada na tarde de hoje, aumentou o pessimismo em relação aos ativos de risco, como as ações na B3, já sob pressão devido aos comentários nada favoráveis feitos anteriormente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a meta ideal de inflação para o Brasil. Consequentemente, o Ibovespa registrou uma queda de -0,22% neste mês, voltando aos níveis de final do mês anterior, apesar da recuperação parcial das ações da Petrobras, que tiveram alta na semana.
A ata mais recente da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) reforçou as expectativas de juros elevados por um período prolongado, levando o mercado a antecipar apenas um corte de juros nos EUA em 2024, de acordo com o monitoramento do CME Group. Após “vários dirigentes” reconhecerem a possibilidade de um aumento adicional dos juros, o dólar e os retornos dos Treasuries se fortaleceram, resultando em queda nas bolsas de Nova York, que estavam operando de forma mista, também em cautela com o balanço da Nvidia, divulgado após o fechamento do mercado. A perspectiva de juros elevados também impactou os preços do petróleo, que ampliaram suas perdas devido a preocupações de que os juros possam afetar a demanda americana.
O BMO Capital Markets observa que a ata do Fed já era esperada como “hawkish”, dado que foi elaborada antes do índice de preços ao consumidor de abril, no entanto, a disposição de “vários” dirigentes para aumentar os juros surpreendeu o mercado.
O dólar registrou um sólido aumento durante a sessão desta quarta-feira, 22, e ultrapassou novamente a marca de R$ 5,15 no encerramento, pela primeira vez em aproximadamente 10 dias. Além da tendência global de fortalecimento do dólar, impulsionada pela expectativa de juros elevados por um período prolongado nos Estados Unidos, o real foi impactado pela deterioração da percepção do risco doméstico após comentários sobre a meta de inflação e a política fiscal pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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