Em um pregão em que se manteve muito próximo da estabilidade, o Ibovespa registrou leve baixa de 0,05%, aos 122.031,58 pontos nesta segunda-feira. Diante de um cenário externo demonstrando pouco apetite a risco e uma agenda esvaziada em termos de indicadores econômicos, a Bolsa brasileira foi pressionada para baixo pelos nomes ligados a commodities, casos de Petrobras PN (-0,54%) e, principalmente, de Vale ON (-2,10%), que cederam alinhadas às quedas do petróleo e do minério de ferro na sessão. Por outro lado, o setor bancário teve bom desempenho, o que impediu um recuo mais acentuado do principal índice da B3. As units de BTG Pactual aceleraram 3,07%, seguidas por Itaú PN (+1,42%), Bradesco PN (+0,63%) e as units de Santander (+0,40%).
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o mercado avaliando dados fracos da indústria dos Estados Unidos. O instituto ISM divulgou que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial americana caiu a 48,7 pontos em maio, de 49,2 pontos em abril, o que contribuiu para uma visão de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode dar início ao processo de corte nos juros americano em setembro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,32%, cotado a R$ 5,2340, com o real sendo beneficiado pela queda dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos. O movimento foi justificado queda superior a 3% do petróleo no mercado internacional, com dúvidas pairando sobre a efetividade que cortes de produção anunciados pela Opep+ conseguirão equilibrar a oferta e demanda da commodity, somado a uma leitura de que o Fed terá espaço para iniciar seu ciclo de corte de juros no segundo semestre.

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