Em uma sessão de alta firme nas curvas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, reagindo a dados resilientes do mercado de trabalho americano, o Ibovespa registrou queda de 1,73% nesta sexta-feira, aos 120.767,19 pontos, na mínima de fechamento de 2024. O principal índice da B3 teve uma queda generalizada de seus principais nomes. As maiores desvalorizações vieram de ações mais sensíveis às taxas de juros, casos de LWSA ON (-8,46%), Magazine Luiza ON (-7,56%) e Azul PN (-3,95%). As blue chips também recuaram em bloco, com baixas para Vale ON (-1,31%), Petrobras PN (-3,75%), Itaú PN (-1,41%) e Bradesco PN (-0,77%). Na semana, o Ibovespa teve desvalorização de 1,09%.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, repercutindo um payroll pior do que o esperado. O relatório de empregos dos Estados Unidos registrou criação de 272 mil novas vagas de trabalho em maio, bem acima dos 190 mil postos esperados por analistas. Já a taxa de desemprego subiu para 4%, ante 3,9% da leitura anterior. Por fim, o salário médio por hora avançou 4,1% em maio, também acima dos 3,9% projetados. Sendo assim, após o payroll o mercado voltou a precificar apenas um corte do Fed em 2024.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 1,41%, cotado a R$ 5,3247, em linha com o fortalecimento da moeda americana na comparação com divisas emergentes. Somado a isso, o mercado também se mostrou desconfortável com declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que “irá mostrar ao Congresso que não é possível aumentar gastos sem fonte”, além de tentar emplacar a Medida Provisória do PIS/Cofins para compensação de perdas de receita com desoneração.
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