Em mais um pregão marcado por cautela no âmbito doméstico, especialmente após falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ibovespa registrou leve alta de 0,41% nesta terça-feira, aos 119.630,44 pontos. O principal índice da B3 encerrou no campo positivo muito por conta do desempenho das ações de Petrobras PN, que subiram 3,13% com a decisão favorável no Carf sobre dívida tributária. Lula voltou a subir o tom contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao afirmar que a autoridade monetária é a única “coisa desajustada” na economia e que o mandatário “trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o País”.
Em Wall Street, as bolsas americanas avançaram em bloco, com os índices S&P 500 e Nasdaq renovando recordes históricos de fechamento mais uma vez, mas próximas da estabilidade. A sessão foi marcada por uma bateria de discursos de dirigentes do Federal Reserve. As sinalizações seguiram em torno de um discurso que cortes de juros dependerão de dados, fato que não mudou as expectativas do mercado. Entre os indicadores econômicos, as vendas no varejo dos Estados Unidos recuaram 0,1% em maio, na comparação mensal, abaixo dos 0,3% projetados. Os papéis de Nvidia subiram 3,51%, o que fez a empresa alcançar valor de mercado de US$ 3,335 trilhões, ultrapassando a Microsoft e se tornando a companhia de capital aberto mais valiosa do mundo.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,23%, cotado a R$ 5,4342, em linha com o movimento de fôlego reduzido da moeda americana no exterior. Operadores apontaram que investidores mantêm posições cambiais defensivas antes da decisão do Copom, que será divulgada amanhã, com ampla expectativa do mercado por manutenção da taxa Selic em 10,50%. Mais do que a decisão em si, agentes querem saber se a decisão será unânime ou se haverá divergências entre os dirigentes do Banco Central.
Deixe um comentário