Um dia depois da decisão de política monetária do Banco Central, que optou por manter inalterada a taxa Selic em 10,50%, em caráter unânime, o mercado seguiu com apetite a risco reduzido, com o Ibovespa em leve valorização de 0,15% na sessão desta quinta-feira, aos 120.445,91 pontos. O que segurou um avanço mais firme do principal índice da B3 foi o ritmo de alta dos rendimentos dos Treasuries, os títulos públicos americanos. A Bolsa brasileira teve como um dos principais propulsores as ações de Petrobras PN, que subiram 1,59%, depois de a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, afirmar que pretende manter a política de distribuição de dividendos da companhia.
Em Wall Street, na volta do feriado, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo positivo e S&P 500 e Nasdaq no negativo, com estes dois últimos em movimento de realização de lucros após sucessivas altas, especialmente o setor de tecnologia. O S&P, inclusive, ultrapassou o patamar de 5.500 pontos pela primeira vez na história durante a sessão, mas cedeu, em desempenho similar à Nvidia, cujos papéis chegaram a avançar mais de 3% e mudaram de sinal, encerrando em queda de 3,54%. Além disso, o índice VIX, considerado como um termômetro do medo em Wall Street, atingiu seu maior nível em duas semanas, diminuindo o apetite a risco dos investidores.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,37%, cotado a R$ 5,4619, no maior patamar de fechamento desde 22 julho de 2022, quando a moeda americana alcançou o nível de R$ 5,4988. Esta foi a quinta sessão consecutiva de alta do dólar. Após iniciar o dia em queda por conta da decisão do Copom, a divisa americana começou a ganhar terreno e o real ser penalizado com novas críticas do presidente Lula ao BC e por conta da valorização do dólar no exterior.
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