O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira praticamente estável, em leve alta de 0,22%, aos 126.548,34 pontos. No entanto, dois dos principais nomes da Bolsa brasileira tiveram um desempenho misto. Por um lado, as ações de Petrobras PN aceleraram 2,45%, após anúncio de reajuste de cerca de 7,8% nos preços da gasolina, ou R$ 0,20 por litro, a partir de amanhã. Hoje, o Boletim Focus trouxe nova projeção altista para o IPCA de 2024, e as revisões para cima devem continuar na próxima semana após a revisão de preços dos combustíveis feita pela Petrobras. Por outro, os papéis de Vale ON cederam 0,79%, assim como outras mineradoras e siderúrgicas, em linha com a desvalorização de 3,34% do minério de ferro em Dalian, na China. Outro destaque no Ibovespa foram as ações de Weg ON, que subiram 5,40%, na maior cotação de sua história, a R$ 44,47, superando o patamar de R$ 43,69, em 18 de janeiro de 2021.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas também encerraram o pregão sem tanto fôlego. Mesmo assim, os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes históricos de fechamento mais uma vez. O mercado opera em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de junho dos Estados Unidos, indicador de inflação que será divulgado na próxima quinta-feira, e que poderá fortalecer as apostas de agentes pelo início do ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve na reunião de setembro. Atualmente, o mercado precifica dois cortes de 25 pontos-base em 2024. Somado a isso, também teremos o início da temporada de balanços corporativos, com a divulgação de números trimestrais ao longo da semana de PepsiCo, Citigroup, JPMorgan, Wells Fargo, entre outros.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve leve avanço de 0,26%, cotado a R$ 5,4766, com agentes à espera de novos drivers. Vale lembrar que teremos dados de inflação no Brasil e nos EUA ao longo da semana, além de falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Outro ponto que fica no radar do mercado está relacionado à sucessão do Banco Central. Ontem, a imprensa noticiou que o atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, deverá ser anunciado em agosto como o substituto de Roberto Campos Neto na presidência da autoridade monetária. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a data teria sido uma sugestão do próprio Campos Neto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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