Pressionado pela queda de 2,07% e de 2,52% das ações de Petrobras PN e ON, respectivamente, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,42% na sessão desta sexta-feira, aos 126.953,86 pontos. Em relação à estatal, investidores adotaram cautela antes da divulgação do relatório de vendas e produção do segundo trimestre da companhia. Somado a isso, a notícia de que a empresa fez uma oferta não vinculativa para a Galp Energia para comprar participação em uma descoberta de petróleo offshore na Namíbia não foi bem recebida, já que tem potencial de reduzir os dividendos distribuídos. Por aqui, o Boletim Focus ainda trouxe novo movimento altista para as expectativas de inflação, de 4,10% ante 4,05% para 2024 e de 3,96% comparado aos 3,90% anteriores em 2025. O número traz ainda mais expectativa pela decisão do Copom na próxima quarta-feira. Há ampla expectativa pela manutenção da Selic em 10,50%, contudo a sinalização sobre os próximos passos do Banco Central é bastante aguardada.
Em Wall Street, as bolsas americanas encerraram o dia próximas da estabilidade sem definir sinal único. Hoje, os rendimentos longos dos Treasuries tiveram um movimento de queda após o Tesouro americano informar que pretende tomar menos empréstimos que o esperado no terceiro trimestre. Há uma expectativa de leilão de US$ 740 bilhões em dívidas entre julho e setembro, número US$ 106 bilhões abaixo do projetado em abril. A semana terá como principal destaque a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira. Há uma ampla expectativa pela manutenção dos juros nos Estados Unidos, mas é aguardada uma sinalização do início do ciclo do corte de juros a partir de setembro. Além disso, também teremos uma bateria de balanços trimestrais de big techs, como Microsoft, Meta, Apple e Amazon.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,57%, cotado a R$ 5,6255, na contramão da valorização da moeda americana no exterior, com o real sendo fortalecido diante de um movimento de entrada de fluxo de exportadores, segundo operadores. Além disso, há especulações de que agentes já estariam antecipando ajustes de posições cambiais de fim de mês. O mercado ainda aguarda as decisões de política monetária no Brasil, nos Estados Unidos e no Japão.

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