Pressionado por uma queda generalizada das blue chips, especialmente de nomes ligados a commodities, o Ibovespa registrou baixa de 0,64% na sessão desta terça-feira, aos 126.139,21 pontos. Entre as principais empresas, as ações de Vale ON recuaram 2,11%, seguidas pela desvalorização de 0,54% de Petrobras PN, de 0,38% de Itaú PN e de 0,72% de Bradesco PN. O mercado adota postura cautelosa antes das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, há uma ampla expectativa pela manutenção da taxa Selic no patamar de 10,50%, com agentes aguardando a sinalização do Banco Central sobre os próximos passos, estes ainda bastante nebulosos.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com o índice Dow Jones no campo positivo e S&P 500 e Nasdaq no negativo. O mercado também operou em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada amanhã, com ampla expectativa por manutenção das taxas de juros entre 5,25% e 5,50%, mas uma sinalização de início do ciclo de corte de juros a partir de setembro. As ações de Nvidia tombaram 7,04%, depois de um relatório da Apple sinalizar que vai usar chips de inteligência artificial feitos pelo Google ao invés da fabricante de semicondutores. Outro ponto de atenção no mercado externo veio da resposta militar de Israel ao Líbano após um ataque do Hezbollah no último final de semana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista teve queda de 0,15%, cotado a R$ 5,6173, na contramão do movimento de fortalecimento da moeda americana no exterior. Por aqui, a volatilidade imperou, com uma troca de sinais ao longo do dia. O dólar ensaiou um movimento de alta e acelerou até R$ 5,6633, na máxima, contudo foi perdendo força ao longo da sessão e encerrou no campo negativo. O mercado aguarda o detalhamento da contenção de R$ 15 bilhões em gastos no orçamento deste ano.

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