Em alta pelo quinto dia consecutivo, o Ibovespa registrou avanço de 0,38% na sessão desta segunda-feira, aos 131.115,90 pontos. O principal índice da B3 foi impulsionado, principalmente, pela elevação de 2,79% e 2,27% de Petrobras ON e PN, respectivamente, em linha com a valorização do petróleo no mercado internacional, diante de temores de escalada das tensões no Oriente Médio após o governo dos EUA alertar a respeito da possibilidade de um “ataque significativo” do Irã contra Israel. Por outro lado, as ações de Azul PN derreteram 11,95%, após registrar prejuízo líquido de R$ 3,865 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 497,9 milhões no mesmo período de 2023.
Além disso, tivemos falas de membros do Banco Central. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, declarou que agentes entenderam que “a barra é muito alta agora para os bancos centrais e os governos voltarem a socorrer o mercado”, ressaltando que o mundo está endividado pós-pandemia e as taxas de juros estão em patamares elevados, o que é muito custoso para “rolar essa dívida”. Já o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, afirmou que não foi a intenção da última ata do Copom dar um guidance (sinalização) para a condução de política monetária, adicionando que alguns dados econômicos têm deixado a autoridade monetária “numa situação mais desconfortável”, refletindo uma chance de maior dificuldade no processo de desinflação.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram o pregão próximas da estabilidade. Diante de uma agenda externa esvaziada nesta segunda-feira, o mercado fica à espera de dados de inflação, já que teremos a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de julho dos Estados Unidos e do Reino Unido, ambos na próxima quarta-feira (14). O índice Nasdaq encerrou a sessão no azul impulsionado pela valorização de 4,08% das ações de Nvidia.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,34%, cotado a R$ 5,4962, após iniciar o dia em queda firme, alcançando o patamar de R$ 5,4722, na mínima da sessão. Foi a primeira vez desde 17 de julho que o dólar furou a barreira psicológica de R$ 5,50. No entanto, a moeda americana recuperou terreno diante de temores relacionados ao Oriente Médio. O real operou em linha com o desempenho das divisas emergentes, que tiveram um pregão de ganhos na comparação com o dólar.

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