Em mais um dia de pressão para os ativos locais, o Ibovespa registrou desvalorização de 0,28% nesta sexta-feira, aos 129.992,29 pontos, na contramão dos mercados acionários de Nova York. Por aqui, a Bolsa brasileira foi pressionado pelo aumento das preocupações fiscais, após o presidente Lula voltar a defender a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil. Os juros futuros voltaram a acelerar, com agentes precificando a taxa Selic próximo ao patamar de 13,5% em 2025. A queda do principal índice da B3, no entanto, foi amenizada pela alta de 1,44% das ações de Vale ON, que acompanharam o avanço de 1,15% do minério de ferro no porto chinês de Dalian, diante de expectativas por novo anúncio de estímulos econômicos da China no fim de semana. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 1,36%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com os índices Dow Jones e S&P 500 atingindo máximas históricas. Este último, inclusive, registrou a quinta semana consecutiva de ganhos. O mercado ganhou força após o início da temporada de balanços do terceiro trimestre, com resultados promissores de nomes do setor bancário. Depois da divulgação de números, as ações de JPMorgan aceleraram 4,44%, enquanto as de Wells Fargo ganharam 5,59%. Entre os indicadores econômicos, o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos permaneceu estável em setembro, melhor do que a previsão de alta de 0,1%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,50%, cotado a R$ 5,6151, com o real sendo pressionado por preocupações fiscais, em um dia no qual a moeda americana teve movimento de leve alívio no exterior. O mercado olha com preocupação a sinalização do governo de aumentar gastos em um momento de piora na composição da dívida ao longo deste ano. Na semana, o dólar acumulou alta de 2,92%.
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