Em linha com a valorização dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou alta de 0,54% na sessão desta quarta-feira, aos 131.749,72 pontos. No âmbito doméstico, a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negando que as empresas estatais sairão do arcabouço fiscal e que o marco terá “vida longa” foi bem recebida pelo mercado. Há ainda a expectativa de que o presidente Lula se posicione na mesma linha, sinalizando corte de gastos e comprometimento fiscal. A Bolsa brasileira foi sustentada por um acréscimo de 1,85% de Vale ON, depois de a companhia divulgar seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2024. Por outro lado, os papéis de Petrobras PN cederam 0,51%, pressionadas pela queda do petróleo no mercado internacional.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com o índice Dow Jones renovando máxima histórica de fechamento. As ações de Morgan Stanley dispararam 7%, após o balanço do terceiro trimestre de 2024 superar as expectativas de lucros e receitas. Já os papéis de United Airlines aceleraram %, também impulsionados por um balanço robusto. Segundo dados da FactSet, 50 empresas divulgaram seus números trimestrais, sendo que 79% delas apresentaram resultados melhores do que o esperado.
No mercado de câmbio, o dólar à vista avançou 0,14%, cotado a R$ 5,6651, mesmo diante de uma percepção de menor riscal fiscal, mas com agentes ainda céticos sobre a trajetória da dívida pública brasileira. Mais do que o noticiário local, pesou sobre o real o fluxo do exterior, com a moeda americana ganhando terreno ante a maioria das divisas. O dólar seguiu em tendência de alta ainda por conta de uma leitura de que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump é favorito para retornar à Casa Branca, com promessa de taxação de importação mais elevada, o que é negativo para países emergentes.

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