Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou leve baixa de 0,22% na sessão desta sexta-feira, aos 130.499,26 pontos. Por aqui, os juros futuros tiveram mais um dia de pressão, com a ponta longa da curva com taxas próximas a 13%, diante de uma piora na percepção do risco local, especialmente por um pessimismo relacionado à trajetória da dívida pública brasileira. Pesou ainda a queda de Petrobras PN (-0,27%) e de Vale ON (-0,35%), dois dos principais nomes da Bolsa brasileira. Na semana, o principal índice da B3 teve alta de 0,11%.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, com maior destaque para o índice Nasdaq, impulsionado pela valorização de 11,10% das ações de Netflix, que superaram as projeções de lucro e receita no balanço do terceiro trimestre de 2024, além de informar um salto de 35% nas assinaturas com anúncios na comparação com o trimestre anterior. Segundo a FactSet, 70 empresas do S&P 500 já reportaram números trimestrais, com 75% delas superando as expectativas. Os índices Dow Jones, S&P e Nasdaq completaram uma sequência de seis semanas consecutivas de avanço. Entre commodities, o ouro ultrapassou o patamar de US$ 2.700 a onça-troy pela primeira vez na história.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,69%, cotado a R$ 5,6989, com o real sendo pressionado pela cautela do mercado, que precifica um prêmio de risco maior para os ativos domésticos. Durante o pregão, a divisa brasileira chegou a ultrapassar o nível psicológico de R$ 5,70, a maior cotação intraday desde 6 de agosto, quando o dólar alcançou R$ 5,7125. Além dos fatores internos, o real também acompanhou um movimento global de queda generalizada das divisas emergentes e exportadores de commodities, em linha com a queda do petróleo e prejudicas pelas incertezas envolvendo o ritmo de crescimento da China. Na semana, o dólar acumulou alta de 1,49%.

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