Após iniciar o dia no vermelho, o Ibovespa mudou de sinal e encerrou a sessão desta quarta-feira praticamente estável, em leve alta de 0,03%, aos 127.733,88 pontos, com o noticiário fiscal no radar do mercado. A Bolsa brasileira iniciou o pregão com investidores temerosos sobre o pacote de corte de gastos prometido pelo governo após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarar que sua reunião com Lula hoje não teve como tema o ajuste fiscal, afirmando que o presidente da República ainda avalia as medidas que serão enviadas ao Congresso. Contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacote discutido tem foco na “dinâmica dos gastos”, para que as rúbricas das despesas se encaixem nos limites do arcabouço fiscal, para que ele seja “sustentável no tempo”, o que trouxe alívio momentâneo.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones e S&P 500 no campo positivo e Nasdaq no negativo, mas todos próximos da estabilidade. O destaque do dia ficou por conta da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos que registrou alta de 0,2% em outubro na comparação com o mês anterior e avanço de 2,6% em base anualizada, ambos em linha com as projeções do mercado. Após a divulgação dos dados, as apostas de que o Federal Reserve promoverá mais um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de dezembro alcançaram quase 80%.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com avanço de 0,31%, cotado a R$ 5,7895, em linha com o movimento de valorização da moeda americana em âmbito global, diante de uma leitura do mercado de que o Federal Reserve poderá ser mais cauteloso em seu afrouxamento monetário, depois dos dados de inflação americanos e após a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, adotar um discurso mais conservador. Somado a isso, as incertezas sobre o pacote de corte de gastos também seguiram pressionando o real.

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