Em uma sessão de recuperação para a maioria de seus principais nomes, o Ibovespa registrou valorização de 0,72% nesta terça-feira, aos 126.139,20 pontos. A Bolsa brasileira teve como destaque a valorização de 4,53% de Ambev ON, 1,12% de Itaú PN e 0,89% de Petrobras PN. Na contramão, os papéis de Vale ON (-0,76%) e de Bradesco PN (-0,32%) impediram um avanço mais acentuado do principal índice da B3. Outro fator limitante foram os juros futuros, que tiveram novo dia de alta, pressionados pelo crescimento de 0,9% do PIB do terceiro trimestre de 2024 na comparação com os três meses anteriores, demonstrando resiliência da atividade, especialmente no setor de serviços e no consumo das famílias, o que abre margem para uma postura ainda mais dura do Banco Central nas próximas reiniões.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, mas encerraram próximas da estabilidade. Após um forte rali para os mercados acionários pós-eleição do presidente Donald Trump, agentes buscam pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve, que terá sua última decisão de política monetária de 2024 no dia 18 de dezembro, com maiores expectativas por um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos. Entre os indicadores econômicos, o número de vagas de trabalho abertas nos Estados Unidos subiu para 7,7 milhões em outubro, de acordo com o relatório Jolts, acima da projeção de abertura de 7,4 milhões postos de trabalho.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em leve queda de 0,16%, cotado a R$ 6,0584, encerrando uma sequência de cinco pregões consecutivos de alta, mas ainda em patamar muito próximo da máxima histórica. O real foi beneficiado por um movimento de desvalorização global da moeda americana, devolvendo os ganhos da véspera. No entanto, o incômodo fiscal impediu uma recuperação firme da divisa brasileira. Foi bem recebida pelo mercado a notícia de que a Câmara dos Deputados incluiu na pauta a urgência de dois projetos de ajuste fiscal.
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