Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou valorização de 1,97% na sessão desta segunda-feira, aos 124.861,50 pontos. A Bolsa brasileira foi beneficiada por um movimento de alívio dos juros futuros, que operaram em baixa, em especial nos vértices de longo prazo, o que tirou parte do prêmio de risco dos ativos locais. O movimento foi alinhado com o recuo dos rendimentos dos Treasuries e de títulos soberanos europeus. Os principais nomes do Ibovespa subiram em bloco, com alta de 1,75% para Vale ON, avanço de 1,47% para Petrobras PN, aumento de 2,48% para Bradesco PN e acréscimo de 2,40% para Itaú PN.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com os índices Dow Jones no azul e S&P 500 e Nasdaq no vermelho, sendo que este último sofreu perdas superiores a 3%, impactado especialmente pelas ações de Nvidia que derreteram 16,86%. O setor de tecnologia foi penalizado pela notícia de que a startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de IA avançado por apenas US$ 6 milhões, o que desencadeou temores do estouro de uma bolha, diante de preços esticados para os semicondutores. Por outro lado, uma rotação para áreas mais defensivas do mercado ajudou a aliviar perdas. Vale lembrar que importante nomes do setor de tecnologia divulgam balanços nesta semana, casos de Meta, Microsoft, Tesla e Apple.
No mercado de câmbio, o dólar à vista operou próximo da estabilidade, em leve queda de 0,09%, cotado a R$ 5,9133. Este foi o sexto pregão consecutivo de valorização do real, que operou na contramão de seus pares da América Latina, que perderam terreno na comparação com a moeda americana. Operadores apontaram para um desmonte de posições contrárias ao real.

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