Em linha com o bom humor dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira com valorização de 2,82%, aos 126.912,78 pontos. Por aqui, o noticiário local pesou para a disparada da Bolsa brasileira, que foi impulsionada por fortes ganhos de blue chips como Vale ON (+4,22%), Petrobras PN (+1,33%), Bradesco PN (+5,47%) e Itaú PN (+2,44%). No campo negativo, apenas quatro papéis do Ibovespa encerraram no vermelho: Braskem PNA (-1,27%), Petz ON (-2,21%), BB Seguridade ON (-0,44%) e BRF ON (-0,14%).
A comunicação do Copom considerada mais amena pelo mercado, ao citar uma desaceleração da atividade econômica no balanço de riscos, foi preponderante para derrubar os juros futuros. Em sequência, o Caged de dezembro mais fraco, mostrando saldo negativo de 535.547 vagas corroborou para a leitura de uma economia menos aquecida. Por fim, o discurso do presidente Lula de que o “presidente do BC não pode dar um cavalo de pau de um dia para o outro” também foi bem recebida pelo mercado.
Em Wall Street, as bolsas americanas subiram em bloco, em uma sessão na qual o mercado digeriu o balanço do quarto trimestre de 2024. Após os resultados, as ações de Meta e Tesla avançaram 1,55% e 2,87%, respectivamente. Na contramão, os papéis de Microsoft tombaram 6,18%, após decepção de investidores com a previsão de receita trimestral da companhia. Entre os indicadores econômicos, a primeira leitura do PIB dos Estados Unidos registrou crescimento de 2,3%, abaixo da estimativa de avanço de 2,5%, o que fez com que agentes adotassem uma maior cautela na sessão. Ao final do pregão, o presidente dos EUA, Donald Trump, formalizou tarifas de 25% para México e Canadá.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 0,23%, cotado a R$ 5,8528, aumentando a sequência para nove dias consecutivos de desvalorização da moeda americana na comparação com o real. Este é o menor patamar do dólar desde 26 de novembro de 2024. No começo do pregão, a divisa americana chegou a subir mais de 1%, contudo ao longo do dia mudou de sinal após a sinalização de um BC mais ‘dovish’ e por falas de Lula.

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