PIB e dados de inflação dos EUA ficam no radar
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo, enquanto as bolsas europeias, com exceção de Londres, adotam tom negativo nesta quinta-feira. Estas últimas são pressionadas após o presidente dos EUA, Donald Trump, voltar a ameaçar impor tarifas de 25% sobre produtos importados da União Europeia. Após seis sessões seguidas em queda, os rendimentos dos Treasuries sobem. A agenda do exterior reúne a segunda leitura do PIB dos EUA no quarto trimestre de 2024 e o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida favorita de inflação do Federal Reserve, do mesmo período, ambos às 10h30. Também ficam no radar discursos de dirigentes do Fed. O Banco Central Europeu (BCE) divulga a ata referente à última decisão de política monetária. Na zona do euro, o índice de confiança do consumidor subiu a 96,3 em fevereiro, ante projeção de 95,9. Entre as commodities, o petróleo avança quase 1%, enquanto o minério de ferro fechou em queda de 0,8% em Dalian, na China.
Petrobras recua mais de 3% no pré-mercado de NY
No cenário doméstico, os ativos locais podem ser pressionados por resultados corporativos, especialmente Petrobras, que recua mais de 3% no pré-mercado secundário NY. Além disso, o dólar ganha força globalmente. Por outro lado, o avanço dos futuros de NY e a valorização do petróleo podem trazer algum alívio. A agenda desta quinta-feira tem como destaques a PNAD Contínua do trimestre encerrado em janeiro, às 9h, e o resultado do Governo Central em janeiro, às 14h30. O IGP-M registrou avanço de 1,06% em fevereiro, após alta de 0,27% em janeiro, informou a FGV. O resultado veio levemente acima das expectativas de acréscimo de 1,01%. O índice de inflação acumula valorização de 1,33% em 2025 e 8,44% nos últimos 12 meses. O presidente Lula participa junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do lançamento do edital de concessão do Túnel Santos-Guarujá.
Petrobras frustra expectativas e registra prejuízo de R$ 17 bi no 4T24
No noticiário corporativo, a Petrobras registrou prejuízo líquido de R$ 17 bilhões (US$ 2,780 bilhões) no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 31 bilhões reportado no 4T23. O resultado frustrou as expectativas do mercado que previa um lucro de US$ 2,8 bilhões. Em 2024, a Petrobras acumulou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, queda anual de 70,6%. A estatal aprovou ainda o pagamento de dividendos de R$ 9,1 bilhões, equivalente a R$ 0,7095 por ação ordinária e preferencial. Não haverá distribuição de dividendos extraordinários. Braskem, Cosan, Marfrig, BRF, Embraer, CPFL, Ultrapar, C&A, Alupar, entre outros, também divulgaram balanços do 4T24. A Superintendência do Cade aprovou, sem restrições, a compra de 50% da Mantiqueira Alimentos pela JBS.
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