Em mais uma sessão de apetite a risco reduzido, os ativos locais operaram próximos da estabilidade. O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira em alta de de 0,29%, aos 123.866,39 pontos. A Bolsa brasileira teve as ações de Vale ON (-1,25%) como um dos principais detratores. Por outro lado, os papéis de Ambev ON (+1,32%) se destacaram positivamente. Por aqui, o IPCA registrou avanço de 1,31% em fevereiro, após alta de 0,16% em janeiro. Apesar de ser a maior taxa para um mês de fevereiro desde 2003, o número veio praticamente em linha com as expectativas do mercado.
Em Wall Street, as bolsas americanas não definiram sinal único, com um movimento de recuperação para os papéis do setor de tecnologia, com as ações de Nvidia acelerando 6,43%. O bom humor para o segmento aconteceu após o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA registrar alta de 0,2% em fevereiro na comparação com o mês anterior, melhor do que as expectativas de avanço de 0,3%. Na comparação anual, o índice de inflação acumulou valorização de 2,8%, ante projeção de 2,9%.
O mercado também segue de olho na política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja tarifação de aço e alumínio importados entrou em vigor hoje. O Canadá respondeu que também adotará taxas de 25% sobre mais de US$ 20 bilhões em produtos americanos. A União Europeia também prometeu impor tarifas de 26 bilhões de euros em importações dos EUA a partir de abril.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em leve queda de 0,05%, cotado a R$ 5,8088, mesmo após dados mais fracos de inflação nos EUA. Segundo operadores, o real ainda é pressionado por um sentimento de cautela entre agentes em relação às políticas econômicas do presidente Lula, depois de números altos de inflação e a nomeação de Gleisi Hoffmann assumindo a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República.

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