Na contramão dos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,77% na sessão desta segunda-feira, aos 131.321,44 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada pela queda seus dois principais nomes: Vale ON (-0,52%) e Petrobras PN (-0,14%), mesmo com a valorização do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. A mineradora foi penalizada pela notícia do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que o governo federal estaria pressionando a Vale para que a companhia compre a Bamin, empresa sediada na Bahia e controlada por um grupo do Cazaquistão. Por aqui, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relacionadas ao arcabouço fiscal causaram uma maior aversão a risco, mas o movimento foi logo dissipado.
Em Wall Street, as bolsas americanas dispararam, diante de uma percepção do mercado de que a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não será tão abrangente como se previa anteriormente. O republicano declarou nesta segunda-feira que pode dar a “muitos países” uma folga em tarifas recíprocas, além de dizer que a taxação para setores farmacêutico e automotivo viriam em um “futuro próximo”, mas não fariam parte dos impostos que entram em vigor no início de abril.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,61%, cotado a R$ 5,7524, em linha com o movimento de valorização da moeda americana, com o mercado ainda cauteloso com a política tarifária de Donald Trump, à espera de medidas definitivas. Somado a isso, o PMI industrial subiu de 51,2 em janeiro para 52,7 em fevereiro, acima da previsão de 51,6. Já o PMI de serviços avançou de 52,8 em janeiro para 53,5 em fevereiro, também acima dos 53,0 projetados. Ambos os indicadores demonstraram a resiliência da economia americana. Os ruídos envolvendo Haddad também trouxeram pressão adicional ao real.
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