Pressionado pelo mau humor nos mercados acionários de Nova York, o Ibovespa registrou queda de 0,94% na sessão desta sexta-feira, aos 131.902,18 pontos. Os principais nomes da Bolsa brasileira operaram no campo negativo, casos de Petrobras PN (-0,64%), Vale ON (-1,02%), Itaú PN (-1,37%) e Bradesco PN (-1,38%). Entre os indicadores econômicos, o mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 431.995 vagas com carteira assinada em fevereiro, o maior resultado da história, segundo o Caged, bem acima da projeção de criação de 225 mil vagas. Já a taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre terminado em fevereiro, apontou a PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, pressionadas pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE), considerado o indicador de inflação favorito do Federal Reserve, que registrou alta de 2,8% em fevereiro em base anualizada e avanço de 0,4% na comparação mensal, acima das projeções de valorização de 2,7% e 0,3%, respectivamente. Somado a isso, a leitura final da Universidade de Michigan mostrou que os consumidores americanos têm as maiores expectativas de inflação de longo prazo desde 1993. Por fim, as incertezas relacionadas à política tarifária de Trump também seguem no radar dos agentes.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,15%, cotado a R$ 5,7618, refletindo os temores relacionados à trajetória inflacionária americana, com aumento das expectativas de inflação, o que aumenta as chances de recessão nos Estados Unidos, segundo agentes do mercado. Por aqui, a confirmação de dados bem acima do esperado da geração de empregos formais em fevereiro reforçam a leitura de manutenção da taxa Selic em níveis elevados por tempo prolongado.
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