Pressionado por um movimento de desvalorização dos mercados acionários globais, mas em queda mais amena do que bolsas de Nova York, por exemplo, o Ibovespa registrou baixa de 0,72% na sessão desta terça-feira, aos 128.316,89 pontos. A Bolsa brasileira foi pressionada, principalmente, pelo recuo de 2,32% das ações de Vale ON, após a mineradora reportar queda de 4,5% na produção de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco e de maneira acentuada. Uma nova bateria de notícias envolvendo Estados Unidos e China trouxe uma onda de pessimismo aos mercados. Hoje, a Casa Branca afirmou que as tarifas contra produtos chineses já somam até 245% devido a “ações retaliatórias”. No entanto, o anúncio pegou o governo de Pequim de surpresa. Os papéis de Nvidia tombaram 6,87%, depois de o governo americano limitar as exportações de um chip de inteligência artificial da empresa para a China. Somado a isso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, declarou que os efeitos da política comercial de Trump afastarão a autoridade monetária de suas metas de inflação e que os níveis dos aumentos tarifários foram “maiores do que o previsto”. A fala também desencadeou um sentimento de maior aversão a risco.
No mercado de câmbio, o dólar à vista caiu 0,42%, cotado a R$ 5,8650, em linha com o movimento de enfraquecimento da moeda americana em âmbito global, com divisas emergentes exibindo uma recuperação. O real, no entanto, por mais que tenha se valorizado, teve um desempenho mais tímido do que seus pares. Ontem, o governo federal brasileiro admitiu risco de colapso fiscal em 2027 após enviar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso.
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