Em linha com o apetite a risco reduzido no exterior, o Ibovespa registrou queda de 1,22% na sessão desta segunda-feira, aos 133.491,23 pontos. Por aqui, a desvalorização do mercado acionário brasileiro foi ainda mais acentuada por conta da baixa de 3,73% das ações de Petrobras PN, perdendo o nível de R$ 400 bilhões em valor de mercado pela primeira vez desde junho de 2023, após a Opep+ confirmar um aumento na oferta de petróleo a partir de junho. Pelo lado positivo, os papéis de Cogna ON e Yduqs ON dispararam 8,81% e 2,14%, respectivamente, depois de notícia de que executivos de ambas as companhias voltaram a se reunir na semana passada para debater uma potencial fusão entre os grupos do setor de educação.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, com o índice S&P 500 interrompendo uma sequência de nove dias de ganhos, com o mercado adotando cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, na próxima quarta-feira. Apesar do movimento negativo, dados divulgados nesta segunda-feira pelo ISM mostraram um setor de serviços mais forte do que o esperado em abril, mesmo diante das preocupações com as tarifas impostas por Trump. Somado a isso, a Bloomberg informou que a Índia propôs tarifas zero sobre aço, peças automotivas e produtos farmacêuticos em aceno aos Estados Unidos. Por fim, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, declarou que está “muito perto de alguns acordos”, reforçando o comentário de Trump de que acordos poderiam ser divulgados nesta semana.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,62%, cotado a R$ 5,6899, com o real operando em linha com o movimento de enfraquecimento de divisas da América Latina na comparação com a moeda americana. A dinâmica foi justificada pelo rendimento de alta dos Treasuries. Por outro lado, o dólar perdeu terreno na comparação com moedas asiáticas, diante de notícias de que estes países tentam valorizar suas divisas como forma de negociar com os Estados Unidos, em meio a guerra tarifária.
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