Em uma sessão marcada por volatilidade, em uma alternância entre o campo positivo e negativo, o Ibovespa encerrou praticamente estável, em leve alta de 0,02% nesta terça-feira, aos 133.515,82 pontos. O apetite a risco reduzido esteve alinhado com a falta de novidades no noticiário internacional e pela agenda doméstica esvaziada. Em Brasília, o relator do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) afirmou que prevê realização de audiências públicas sobre o tema até 20 de junho e que espera apresentar o relatório final da reforma em 27 de junho.
A Bolsa brasileira foi impulsionada, principalmente, pela valorização de 1,65% das ações de Petrobras PN, em linha com a recuperação do petróleo no mercado internacional. Pelo lado negativo, os papéis de BB Seguridade ON tombaram 7,44%, após a companhia reportar lucro líquido de R$ 1,995 bilhão no primeiro trimestre de 2025, um avanço de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em Wall Street, as bolsas americanas recuaram em bloco, pelo segundo dia seguido, após comentários do presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, dizendo que “não precisamos assinar acordos”, frustrando as expectativas de anúncios de pactos comerciais com outros países. O mercado também adota cautela antes da decisão de amanhã de política monetária do Federal Reserve, com ampla expectativa pela manutenção dos juros americanos na faixa entre 4,25% e 4,50%. Ainda assim, os investidores estarão atentos aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre os próximos passos da autoridade monetária.
No mercado de câmbio, o dólar à vista subiu 0,37%, cotado a R$ 5,7108, em linha com o movimento de valorização da moeda americana na comparação com divisas emergentes, refletindo uma maior aversão a risco, especialmente sobre a falta de avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

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